Foto: Alessandro Dantas
05 de dezembro de 2016/ 17h41
A política de proteção da mulher será uma das mais afetadas pelos cortes previstos pelo governo Michel Temer (PMDB) para o orçamento de 2017. O orçamento para o Atendimento às Mulheres em Situação de Violência caiu 74% para o ano que vem. O valor reduziu de R$ 56, 5 milhões, em 2016 para R$ 14,7 milhões, em 2017. No Senado, o líder do PT, Humberto Costa, disse que a decisão é “criminosa”.
“Vivemos num País que tem uma das maiores taxas de feminicídio do mundo. E o que o governo Temer faz? Corta exatamente os recursos que dão assistência às mulheres vítimas de violência. Essas mulheres que convivem com o drama da violência doméstica ficarão numa situação ainda mais difícil. Sem o mínimo de apoio, mais e mais mulheres estarão vulneráveis e podem até voltar para o seu abusador pela falta de assistência e, conseqüentemente, correndo risco de vida”, afirmou Humberto.
Outros programas voltados para a mulher também sofreram cortes. É o caso da política de Incentivo à Autonomia das Mulheres, que teve um corte de cerca de 63% no seu orçamento e o programa de Promoção de Políticas de Igualdade e de Direitos das Mulheres, que teve corte de 33% para 2017.
“O governo Temer é um governo formado por homens brancos que governa para homens brancos. Não dá para esperar algo diferente de uma gestão que não tem uma mulher na sua equipe de ministros e que extinguiu o que havia de mais representativo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres. Essa gestão temerária ainda projeta um modelo feminino ultrapassado de que a mulher tem que ser bela, recatada e do lar. E isso é inadmissível”, completou o senador.
Da Assessoria de Imprensa do senador Humberto Costa