Humildade e diálogo – a fórmula de Delcídio na Liderança do Governo no Senado

Delcídio: humildade, equilíbrio, serenidade e muito diálogoO senador Delcídio do Amaral (PT-MS) vai acumular a partir de agora a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) com o trabalho de líder do Governo no Senado, já que aceitou o convite feito pela presidente Dilma Rousseff. Assim, Delcídio estará ao lado do líder do Governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE) e do líder do PT no Senado, senador Humberto Costa (PT-PE). Para o site PTnoSenado, Delcídio disse que o desafio é trabalhar numa agenda positiva, discutindo temas que serão aperfeiçoados pelo Congresso Nacional para garantir mais investimentos, geração de empregos de qualidade e renda para os trabalhadores. “Vamos trabalhar com muita humildade, com equilíbrio, serenidade e muito diálogo”, afirmou. Abaixo, confira entrevista com o novo líder do Governo no Senado:

PTnoSenado – Como vai ser a atuação na liderança do governo no Senado?

Delcídio do Amaral – Nós temos que pautar nossa atuação em uma agenda positiva, de crescimento, mostrando o seguinte: nós estamos passando por um momento difícil; as medidas estão sendo tomadas; o Congresso Nacional vai fazer valer suas opiniões e aperfeiçoará os projetos que a área econômica do governo está encaminhando para o Senado e para Câmara. Ao mesmo tempo, vamos discutir temas que vão garantir novos investimentos, as parcerias público privadas, o programa de concessões e tudo aquilo que vai levar o Brasil para o crescimento, geração de emprego e melhorando a qualidade de vida de toda sua gente.

Havia um comentário, negativo, de que o governo estava sem um líder no Senado desde o início do ano, que a presidenta demorou quatro meses para fazer a indicação. Como foi a conversa com a presidenta Dilma Rousseff até o senhor aceitar esse convite?

Primeiro, eu fiquei surpreso, porque meu perfil é diferente, pelo menos se a gente comparar com os outros líderes aqui no Senado. Eu tenho perfil de conciliador, de dialogar, ouvir muito, falar o necessário. Pelo que eu entendi a intenção da presidenta Dilma era colocar alguém com esse perfil. Espero que eu não a decepcione, não decepcione o Senado, os meus companheiros e todos aqueles que fazem do Senado essa casa tão importante para a República. Agora é trabalhar numa agenda forte, numa agenda de País, numa agenda positiva, com humildade, lucidez, com equilíbrio e com serenidade.

Teve alguma recomendação da presidenta ou o senhor sinalizou alguma dificuldade neste momento?

Não, eu disse da importância para que a gente avance na política. Eu acho que o governo tem agora todas as condições de avançar na política e a política é fundamental para a gente ter uma boa economia e para a gente votar no Congresso Nacional projetos importantes que a população espera de nós.

Qual é a primeira pauta que o senhor vai começar a desenrolar?

Acho que a primeira pauta a desenrolar diz respeito às medidas provisórias do ajuste fiscal e a questão do indexador da dívida dos estados, cuja discussão será retomada nesta terça-feira (28), além do projeto dos depósitos judiciais. No meu ponto de vista, nós precisamos fazer essa proposta tramitar nas comissões permanentes do Senado antes de colocar em votação ou mesmo incluí-la no projeto de troca dos indexadores das dívidas dos estados. De qualquer maneira, a proposta vai voltar para a Câmara por causa da data de entrada em vigor do novo indexador. Como acrescentamos isso no Senado, a proposta voltará para a Câmara. O projeto dos depósitos judiciais (os valores poderão ser liberados para as contas estaduais) merece um debate aprofundado no Senado, antes de incluir como apêndice do projeto do indexador.

Marcello Antunes

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