Durante a 28ª Conferência Sanitária Pan-Americana de Saúde, também serão apresentados os avanços do Brasil para a redução mortalidade infantil
O Brasil está no caminho certo rumo à redução da mortalidade infantil. Esse é o relato que ministro da Saúde, Alexandre Padilha apresenta, nesta quarta-feira (19), na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Washington (EUA), durante a 28ª Conferência Sanitária Pan-Americana e da 64ª Sessão do Comitê Regional.
Usando como argumento principal o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), Padilha demonstra que o Brasil já alcançou os índices de redução definidos pelas metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODB), em relação à mortalidade de crianças com menos de cinco anos de idade. Em 2011, o órgão internacional mostra que o índice brasileiro reduziu para 16/1.000. O acordo internacional previa a redução em 2/3 da mortalidade desse público entre 1990 e 2015. O Brasil apresentou redução de 73% das mortes na infância desde 1990.
“Atingir a meta estabelecida pela ONU antes do prazo é uma grande vitória brasileira. Esta redução faz parte da expansão da Atenção Básica no país, por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF), e de ações preconizadas para a melhoria da atenção integral a saúde das crianças. Mas nós queremos avançar ainda mais. Para isso, temos a Rede Cegonha que vai reforçar a qualidade no pré-natal e também a qualidade na assistência ao parto”, enfatiza o ministro Padilha.
O ministro adiantou que já foram investidos (desde o ano passado) cerca de R$ 3,3 bilhões na Rede Cegonha, que conta com a adesão de 4.759 municípios brasileiros. Esta estratégia, que reúne medidas que garantem assistência integral às grávidas e ao bebê, criou 348 leitos neonatais e requalificou mais 86 em 2011. A previsão é habilitar 350 novos leitos neonatais, ainda este ano. Atualmente, o Brasil conta com 3.973 de UTI Neonatal e 2.249 leitos de UTI Pediátrico. Estima-se que 91,5% do total de gestantes usuárias do SUS serão atendidas pelo programa.
CONFERÊNCIA – Ainda durante a Conferência, o ministro Padilha e representantes do Ministério da Saúde brasileiro tratam da elaboração da estratégia para prevenção e o controle das doenças não transmissíveis. Como o Brasil já possui um plano de enfrentamento das doenças não transmissíveis deve mostrar, por meio de fóruns, a sua expertise no tema e levar a sua experiência para o plano das Américas.
Na agenda consta ainda a discussão de estratégias para a prevenção e o controle das doenças não transmissíveis; plano de ação para a saúde integral na infância; avaliação e incorporação de tecnologias em Saúde nos Sistemas de Saúde; gestão de conhecimento e comunicações; coordenação de assistência humanitária internacional em saúde em caso de desastres; bioética; plano de ação para manter a eliminação de sarampo, rubéola e síndrome de rubéola congênita na região das Américas.
Durante a Conferência, haverá ainda debate sobre o relatório do Grupo de Experts – grupo de especialistas – sobre mecanismos inovadores para pesquisa e desenvolvimento em saúde. O que for acordado nesta reunião irá subsidiar a reunião global prevista para novembro deste ano, em Genebra.
Com informações da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde
Leia mais: