Mortes por Aids no mundo caíram 24% de 2005 a 2011

O número de mortes causadas pela Aids caiu 24% de 2005 a 2011 no mundo. De acordo com o relatório “Together We Will End Aids” (Juntos vamos acabar com a Aids, em tradução livre), do programa da ONU contra a Aids (Unaids) divulgado na última quarta-feira (18/07) houve importantes avanços globais no combate à doença. O documento aponta ainda que, nos últimos dez anos, houve uma redução de 11,1% nas mortes por Aids no Brasil.

Segundo o documento, as mortes causadas por complicações causadas pela baixa imunidade – consequência da contaminação pelo vírus HIV – caíram 24% entre 2005 e 2011. Há sete anos, 2,2 milhões de pessoas morreram por causa da doença; em 2011, foram 1,7 milhão.

A redução no número de mortes reflete o aumento do tempo de vida dos soropositivos – que, na década de 1980, era de cinco meses e, hoje, chega a dez anos ou mais.

 

A melhora nos índices, segundo o relatório, põe o mundo no caminho de obter “uma geração livre de Aids”. Para isso, porém, a Unaids diz que a meta de tratar 15 milhões de soropositivos até 2015 deve ser alcançada.

 

Os dados apontam ainda que, em 2011, 8 milhões de pessoas com HIV em países subdesenvolvidos recebiam tratamento adequado, número 20% maior do que em 2010 (6,6 milhões). Como consequência, as novas infecções entre crianças baixaram pelo segundo ano consecutivo.

Também no ano passado, 57% das 1,5 milhão de mulheres soropositivas grávidas foram tratadas com antirretrovirais para prevenir a transmissão do vírus a seus filhos. Em 2010, 48% receberam o mesmo tratamento.

Apesar dos avanços, o relatório diz também que houve 2,5 milhões de novas infecções pelo HIV em 2011, aumentando o total de soropositivos no mundo para 34,2 milhões. Do total de novas infecções, cerca de 330 mil eram crianças – uma redução de 24% em dois anos – de 2009 a 2011.

Segundo o levantamento, os jovens até 24 anos respondem por 40% de total de pessoas acima de 15 anos infectadas por HIV. Entre as mulheres de 15 a 24 anos, os casos de infecção são duas vezes mais elevados quando comparadas aos homens. De acordo com o relatório, mais de 34,2 milhões de pessoas conviviam com o HIV em 2011 – número mais elevado já registrado pela entidade, possível apenas pela eficácia da terapia antirretroviral.

Investimentos

De acordo com os dados da ONU, os investimentos globais no combate ao HIV totalizaram 16,8 bilhões de dólares em 2011, um aumento de 11% em relação a 2010. Juntos, países de baixa e média renda fizeram um investimento de 8,6 bilhões de dólares apenas em 2011 – um aumento de mais de 15% em relação a 2010.
 

O financiamento internacional, no entanto, permanece estável desde 2008. Essa assistência internacional foi responsável por enviar 8,2 bilhões de dólares para países de baixa e média renda em 2011 – os Estados Unidos responderam por 48% desse montante. Os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) aumentaram seus gastos nacionais públicos para o combate ao HIV em mais de 120% entre 2006 e 2011.

Brasil 

No país, a incidência da doença, que é de 18 pessoas infectadas para cada 100.000 habitantes, permanece estável há 12 anos. Entre 1980 e junho de 2011 foram notificados 608.230 novos casos de Aids, dos quais 56,4% concentram-se no sudeste. Em 2010, foram 34.218 novos casos no país.

Nesse período, oito estados apresentaram índices de incidência maiores que a média nacional: Amazonas, Roraima, Pará, Espirito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Com informações das agências online

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