Na mídia: Brasil Econômico diz que economia já cresce a 4% ao ano

Segundo o jornal, a economia brasileira começou 2013 de vento em popa em função, principalmente, dos números da atividade industrial, alavancada pela produção de bens de capital.

Leia a íntegra da reportagem:

Economia brasileira ganha fôlego e já está crescendo a 4% ao ano

De acordo com os dados de atividade econômica referentes a janeiro, o país entrou em ritmo forte de crescimento que não se via desde 2010. Mas os especialistas dizem que, para garantir a evolução do PIB, é preciso elevar o nível de investimento

Economia brasileira já cresce em ritmo superior a 4% ao ano

Para manter o passo, produção industrial e investimentos precisam se manter no nível registrado em janeiro

Gustavo Machado

A economia brasileira, que já apresentava melhoras no final de 2012, começou 2013 de vento em popa. De acordo com os últimos dados referentes ao nível de atividade do país em janeiro, o Brasil está crescendo em ritmo superior a 4%ao ano. Desde 2010 não era registrada uma expansão tão acelerada. Economistas aguardam ainda novos dados, principalmente da indústria e investimentos, para afirmar que este será o crescimento brasileiro neste ano. No mês de janeiro, dizem, a grande produção de caminhões — que teve um resultado péssimo em 2012— alavancou a produção industrial e a formação bruta de capital fixo. Por enquanto, os índices de vendas no varejo e as previsões para a agricultura formam a base para um crescimento mínimo de 3%. Apesar disso, a consultoria LCA já prevê um crescimento de 1,5% no primeiro trimestre. Caso o movimento se mantenha pelos três próximos, o Produto Interno Bruto (PIB) irá expandir 4,5%, número que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem como objetivo.

Na sexta-feira, o Banco Central publicou em sua prévia mensal do PIB que em janeiro o país cresceu 1,29% ante dezembro. Desde janeiro de 2004 não é observado tamanho crescimento para o período. Na comparação entre meses idênticos de 2013 e 2012 a expansão foi ainda maior: 2,73%. Para Carlos Thadeu de Freitas Gomes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), mais do que tudo, o indicador serve para facilitar o trabalho do governo federal quanto ao futuro da economia.

Segundo ele, com baixo crescimento, o controle inflacionário e dos gastos públicos se tornam mais complicados. “Está mais fácil escolher entre crescimento, inflação, gasto público e outras coisas. Um dado deste era justamente o que o BC precisava para controlar as expectativas de inflação, por exemplo”, conclui o economista. Para Leandro Padula, economista da consultoria MCM, o país está vivendo um bom momento, mas não o suficiente para alcançar o número místico de Mantega. “Fevereiro não será um mês tão positivo quanto janeiro. Prevejo uma queda de 1,9% na produção industrial.”

Investimentos

De acordo com os economistas consultados pela reportagem, a recuperação da economia passará por solavancos, como o citado por Padula. Além da indústria, os investimentos precisam reverter a trajetória de queda para sustentar o crescimento.

Neste quesito, segundo a LCA, o país já registra expansão de 12,8% na comparação anual. Segundo Mauro Schneider, economista-chefe da corretora Banif, caso outros componentes do PIB—gastos do governo e família, principalmente—se mantenham na média dos últimos anos, a formação bruta de capital fixo precisa estar acima de 10% para o país crescer 4%. “Acho mais razoável imaginar que o país crescerá mais que 4% em 2014. É difícil acreditar que o país manterá este nível de investimentos por todo ano, é muito difícil”, afirma o economista.

Brasil Econômico

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