Durante debate na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a senadora Ana Rita (PT-ES), fez uma enfática defesa do fim das doações privadas nas campanhas eleitorais. “Ninguém faz doação de graça”, disse ela em resposta ao senador tucano Aloysio Nunes (SP), que defendia a manutenção das contribuições de empreiteiras e bancos.
O embate ocorreu, nesta quarta-feira (11), durante discussão do PLS 264/2013, de iniciativa do senador Jorge Viana (PT-AC) que pretendia acabar com a participação de empresas no financiamento de campanhas eleitorais. O projeto, relatado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), propunha que apenas as pessoas físicas pudessem fazer contrições para candidaturas, respeitado o limite de R$ 1.700 reais por doador.
“Não podemos perder a oportunidade de dar uma resposta efetiva aos anseios da população brasileira”, exortou a senadora Ana Rita, em sua defesa do projeto, lembrando o clamor popular por medidas que assegurem relações mais éticas e transparentes na política. “O financiamento privado de campanhas já não condiz com uma sociedade democrática”, acrescentou. Ana Rita tem o respaldo da própria sociedade brasileira que em pesquisa recente mostrou em sua maioria absoluta quer o fim das doações privadas.
Aloysio Nunes tentou rebater argumentando que o PT também recebe doações de empresas. Ana Rita lembrou ao tucano que, atualmente, isso é perfeitamente legal, mas que o PT quer mudar isso. O PSDB é o partido que mais recebe doações de empresas, tendo sido favorecido, na última disputa presidencial, em 2010, com 24,2% das contribuições privadas. O PT recebeu 21%.
Assista às intervenções da senadora Ana Rita
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