Olimpíadas: 10 dos 17 medalhistas recebem Bolsa Atleta

A virada sofrida pelo vôlei masculino e a perda da sonhada medalha de ouro no futebol podem ter deixado um gosto amargo, mas o Brasil deixa Londres com um recorde: ao longo dos 17 dias de competição, os atletas do País conquistaram 17 medalhas, melhor resultado da participação brasileira em Jogos Olímpicos. Entre os medalhistas, 10 são beneficiados pela Bolsa Atleta, programa do Ministério do Esporte.

Os judocas Sarah Menezes (ouro), Felipe Kitadai (bronze), Mayra Aguiar (bronze) e Rafael Silva (bronze), o velejador Bruno Prada (bronze com Robert Scheidt na Classe Star), o ginasta Arthur Zanetti (ouro nas argolas), a pentatleta Yane Marques (bronze) e os boxeadores Adriana Araújo (bronze), Yamaguchi Falcão (bronze) e esquiva Falcão (prata) contaram com o apoio do Bolsa Atleta em sua preparação para os jogos.

Os 17 pódios conquistados deixaram o Brasil na 22ª posição no ranking geral dos Jogos, superando a previsão do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que esperava alcançar o mesmo resultado de Pequim, em 2008 (15 medalhas). A última medalha do Brasil em Londres foi o bronze, no último dia de competições.  Depois de mais de dez horas de provas, a pernambucana Yane Marques conquistou a medalha inédita no pentatlo moderno. O esporte tradicional nas Olimpíadas, criado em 1912, é dividido em cinco modalidades: esgrima, natação, hipismo e combinado (alternância de corrida e tiro esportivo). Os representantes do COB destacaram o ineditismo do ouro no judô feminino e na ginástica artística masculina, o recorde brasileiro de quatro medalhas no judô e no vôlei, e de três no boxe — nesse esporte, o País tinha conquistado apenas um bronze, com Servílio de Oliveira, em 1968.

Além das medalhas dos beneficiados pelo Bolsa Atleta, o Brasil conquistou o ouro no vôlei feminino, a prata no vôlei de quadra masculino, no futebol masculino, no vôlei de praia e na natação (Thiago Pereira, nos 400 metros medley) e o bronze no vôlei de praia feminino e na natação (César Cielo nos 50 metros nado livre).

“Garra, esforço e abnegação”, destaca Dilma
Logo após o encerramento das competições em Londres, a presidenta Dilma Rousseff divulgou uma nota oficial elogiando o desempenho da delegação brasileira. “Quero saudar  todos os atletas que estão voltando para o Brasil com suas medalhas – de ouro, prata e bronze – e ainda todos os demais atletas que se esforçaram em Londres para superar seus limites e tão bem representar a nossa Nação nestes Jogos”, afirma o texto.

Segundo a presidenta, os atletas brasileiros deram ao País  “exemplos de  garra, esforço e abnegação e provaram que o Brasil está ajudando a construir, por meio do esporte, exemplos de vida e perseverança para todos os nossos jovens”.

Balanço do COB e melhorias para 2016
Apesar de ter superado a meta de medalhas, alguns resultados do Brasil foram classificados como “pontos de atenção” para o trabalho que se segue até 2016. Entre eles, o fato de a ginástica artística feminina não ter chegado a nenhuma final—fato atribuído pelo presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, à crise política vivida pela confederação da modalidade. “Isso prejudicou os atletas e trouxe um dano muito grande à ginástica do Brasil”, afirmou.

Outros pontos de atenção levantados pelo COB são a ausência de medalhas no atletismo, hipismo e taekwondo, o basquete e o futebol femininos fora das semifinais, a vela com apenas uma medalha, a natação com apenas duas e o handebol masculino fora dos jogos. Segundo o superintendente executivo do COB, Marcus Vinícius Freire, esses pontos serão tratados nas reuniões que começam a ser feitas com as confederações de cada modalidade no Brasil.

A meta para 2016, revelou Freire, é colocar o País entre os dez primeiros no ranking de medalhas nas olimpíadas do Rio de Janeiro. “Serão necessárias pelo menos 25 medalhas. Para isso, mais modalidades precisam conquistá-las. Em Londres, apenas sete modalidades conseguiram subir ao pódio. “Precisamos de 13 modalidades medalhando”, avaliou.

Atletas paralímpicos do Brasil embarcam para a  Inglaterra
Parte dos atletas paralímpicos brasileiros – 163, do total de 182 – viaja nesta segunda-feira (13/07) para a Inglaterra, onde disputarão, de 29 de agosto a 7 de setembro, os Jogos Paralímpicos. A delegação se hospedará na cidade de Manchester, que fica no noroeste do país.

Antes do embarque, os atletas participam em Guarulhos, na manhã desta segunda-feira, de uma cerimônia com as ministras Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, e o vice-presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Luiz Cláudio Pereira.

Cyntia Campos, com informações de Agência Brasil e Ministério do Esporte

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