Os parlamentares que integram a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos – o Carlinhos Cachoeira – tentaram e insistiram. Mas, orientado pelo seu advogado, o bicheiro se manteve em silêncio.
Amparando-se no direito constitucional de se manter calado, o bicheiro repetiu à exaustão que não falará antes de depor perante a Justiça.
“Estou aqui como manda a lei, para responder. Constitucionalmente, fui advertido pelos advogados para não falar nada. Somente depois da audiência que teremos no juiz, se porventura esta CPMI achar que eu deva contribuir, podem me chamar que eu responderei a qualquer pergunta”, disse, logo no início dos trabalhos.
Apesar das informações de que havia preparado nada menos que 136 perguntas para o bicheiro, o relator Odair Cunha (PT-MG) desistiu logo do inquérito. Disse que, se fosse o caso, voltaria mais tarde ao questionamento.
Carlos Augusto Ramos sentou-se em uma mesa lateral, ao lado de seu advogado, Márcio Thomaz Bastos, que “soprava” o tempo todo a mesma resposta: “Só falarei depois da audiência”.
Giselle Chassot