Em reunião com os caminhoneiros nesta semana, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, se comprometeu a atender diversas reivindicações da categoria. Foram garantidas medidas como a sanção, sem vetos da presidenta Dilma, da Lei do Motorista que, entre outros, aumenta a carga horária de 8h para 12h e a ampliação do prazo de pagamento das prestações de financiamentos de caminhões. Além disso, o governo assumiu a responsabilidade de não aumentar o preço do diesel nos próximos seis meses – embora ainda haja impasse sobre esse tema.
Segundo Paulo Paim, em discurso da tribuna do plenário, nesta quinta-feira (26), é preciso que haja um acordo entre o governo e a categoria para que, no próximo encontro, se ache uma solução pedida pelos caminhoneiros, que é repassar para o valor final do contrato do frete o possível aumento do valor do diesel. Paim argumentou que essa solução, de certa forma, acaba onerando a população, uma vez que o aumento do gasto com transporte acaba sendo repassado para o preço final dos produtos – e isso, na ponta, pressiona a inflação.
O senador fez um apelo aos líderes da categoria para que encerrem as paralisações pelo menos até a próxima reunião com o governo, em março. Caso não haja acordo, as manifestações podem ser retomadas, sugeriu Paim. “Vamos receber a ata de tudo que foi ajustado e vamos construindo, até o dia 10. Os avanços possíveis para que cheguemos a uma redação final e os caminhoneiros tenham a garantia da valorização do transporte que fazem”, afirmou.
Na semana que vem, caso já esteja em funcionamento, é intenção do senador realizar uma audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado, convocando os líderes da paralisação dos caminhoneiros que afeta mais de sete estados e coloca em risco o abastecimento em diversas localidades.
Leia mais:
Governo sancionará Lei dos Caminhoneiros sem vetos, diz Miguel Rossetto