Paim: “Pode me botar, sim, como inimigo número um da reforma trabalhista, se for para mexer no décimo terceiro do trabalhador”Ao comentar reportagem de jornal de circulação nacional que colocou o senador Paulo Paim (PT-RS) como “inimigo número um” das reformas trabalhista e previdenciária ensaiadas pelo governo golpista de Michel Temer, Paim afirmou ter muito orgulho de se posicionar contra as medidas que afetarão diretamente a população brasileira.
“Pode me botar, sim, como inimigo número um da reforma trabalhista, se for para mexer no décimo terceiro do trabalhador, se for para mexer nas férias do trabalhador, se for para mexer nas horas extras do trabalhador, se for para mexer na licença-maternidade, na licença-paternidade, no Fundo de Garantia, se for para mexer nos adicionais de insalubridade, nas aposentadorias especiais”, destacou, nesta segunda-feira (12), em discurso ao plenário.
Paim citou como exemplo da tentativa, por parte dos golpistas, de retirada de direitos dos trabalhadores o projeto que ficou conhecido como “negociado sobre o legislado” e a ampliação das possibilidades de terceirização. Para o senador, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), apesar de ser uma lei da década de 1950, continua sendo mais atual do que as propostas que estão surgindo para “modernizar a legislação”.
“Não venham com um discurso sem vergonha desse que não tem o mínimo sentido. É só ver a realidade, os dados e os números que nós estamos colocando. Vamos lembrar que nós, no governo Lula e Dilma, geramos mais de 20 milhões de novos empregos. E não foi mexendo em nenhum direito do trabalhador. Qualquer economista sabe disso, não é mexendo na CLT, não é mexendo na Previdência, retirando direitos que vão gerar emprego”, disse.
A crise que está posta, segundo Paim, só será resolvida com a realização de novas eleições presidenciais e com o povo nas ruas, “transformando o País de sul a norte em uma bela e democrática primavera brasileira”.
“Quem sabe, com um novo governo, possamos, de fato, diminuir taxa de juro, discutir a taxação de grandes fortunas, fazer uma reforma tributária, onde os ricos paguem, porque, hoje, quem paga são os pobres. Não há alternativa para evitar a sangria e a fragmentação do País, por isso eu reafirmo aqui aquilo que venho falando desde março: Diretas Já! Eleições Já!”, concluiu.
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