Pesquisa aponta queda na inadimplência em dezembro

Apesar do terrorismo econômico da grande mídia e da oposição, os índices e pesquisas divulgados no início de janeiro continuam direcionando para a saúde financeira dos brasileiros. Nova demonstração disso foi divulgada nesta quinta-feira (09): o percentual de famílias inadimplentes – ou seja, com dívidas e contas em atraso –, caiu em dezembro de 2013. Dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje (9) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registra uma inadimplência de 20,8%; resultado melhor do que o observado em novembro de 2013 (21,2%) e dezembro de 2012 (21,7%).

Apesar de 62,2% das famílias se considerarem endividadas – número menor ao observado em novembro (63,2%), mas acima do patamar de dezembro de 2012 (60,7%) –, há uma percepção favorável das famílias em relação ao seu endividamento. A média anual do percentual de famílias que relataram estar muito endividadas recuou de 13% em 2012 para 12,4% em 2013. E o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e, portanto, permaneceriam inadimplentes, recuou -1,6% na média de 2013 ante o ano anterior.

Tabela_endividamento

Uma mudança no perfil do endividamento também pode ser observada, com o crescimento do percentual de famílias que apontou o crédito consignado, o financiamento de carro e o financiamento de casa entre os principais tipos de dívidas. Para se ter uma ideia, desde o início da série histórica, o sonho da casa própria foi alcançado por um número maior de famílias em 2013: 6,1% das famílias assinalaram as prestações da casa como a principal dívida; em 2012, este percentual era de 4,5%; de 3,5% em 2011 e de 3,2% em 2010. Apesar disso, o cartão de crédito segue como o tipo de dívida mais comum para 75,2% dos entrevistados, seguindo a tendência de popularização observada desde o início da pesquisa.

A melhora no perfil das dívidas também é verificada no alongamento dos prazos e no menor comprometimento médio de renda. De 2012 a 2013, entre as famílias endividadas, enquanto o prazo médio de comprometimento com dívida subiu de 6,53 meses para 6,74 meses, a parcela média da renda comprometida com dívidas caiu de 30,0% para 29,4%.

“Isso pode ser explicado pelo alongamento dos prazos do crédito. O prazo médio subiu e mais famílias relataram ter comprometimento superior a 12 meses com dívidas. Esse fator permitiu a acomodação de um nível de endividamento maior na renda das famílias, com melhora na percepção em relação às suas dívidas, já que se observou uma queda na parcela que relatou estar muito endividada”, conclui a pesquisa.

Catharine Rocha

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