Fernando Rosa
05 de janeiro de 2017 | 17h45 “A venda de ativos nada mais é do que uma forma de privatizar a Petrobras. Ao vender por partes, desintegrando a empresa, se reduz seu valor, até que se possa vendê-la inteira”, denuncia o diretor da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Gerson Castellano. Para o dirigente dos petroleiros, o processo de privatização em curso é “um plano do PSDB, já que o atual presidente da Petrobras é historicamente ligado ao partido”. Em matéria desta quinta-feira, o jornal Valor Econômico noticiou que “o avanço do programa de venda de ativos da Petrobras e o leilão do pré-sal prometem reacender o movimento de desconcentração da produção de óleo e gás no Brasil”. Os demais jornais também informaram que a Petrobras concluiu a venda de 100% da Petrobras Chile ao Southern Cross Group. “A desintegração ainda traz riscos empresariais desnecessários ao tornar a geração de caixa vulnerável a variação dos preços relativos do petróleo e de seus derivados”, adverte Felipe Coutinho, presidente da Associação de Engenheiros da Petrobrás (AEPET), em artigo publicado no site da entidade. Até agora, segundo ele, “foram alienados campos de petróleo, malha de gasodutos, unidades petroquímicas, usinas térmicas, terminal de gaseificação e participações na produção de etanol”. “O ano de 2016 se caracteriza pelo avanço das privatizações, pelas mentiras repetidas sobre a Petrobras e pelo sucesso na produção do pré-sal que já representa quase 50% da produção nacional e acumula mais de 1 bilhão de barris produzidos”, alerta Coutinho. Já o diretor da FUP reafirma o compromisso da entidade com a defesa da Petrobras, segundo ele, alvo de intensa campanha de desmoralização por parte da mídia.
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