Aprovada Lei das Antenas, Pinheiro quer melhor oferta de serviços públicos

Pinheiro: cidade digital é aquela que tem o cidadão incluído, com serviços públicos, e de melhor qualidade, chegando a todosA aprovação da chamada Lei das Antenas pelo Senado, nesta quarta-feira (25), vai permitir a ampliação cobertura de telefonia móvel em todo o País. Um dos grandes defensores do projeto (PLS 293/2012), o senador Walter Pinheiro (PT-BA) defende que esse aprimoramento tecnológico reverta na ampliação da qualidade e a gama de serviços públicos oferecidos à população.

A Lei das Antenas assegura o compartilhamento das redes de energia e os dutos das redes de água com as redes de telefonia, permitindo uma ampliação exponencial do alcance da telecomunicação. A cidade de Tóquio, capital do Japão, por exemplo, com cerca de 13 milhões de habitantes, tem mais antenas de telefonia celular quer o Brasil inteiro. Para assegurar que a cobertura de banda larga chegue para todos os brasileiros, seria necessária a construção de mais de 60 mil torres no Brasil, calcula Pinheiro, que tem formação e toda uma trajetória profissional na área. 

O compartilhamento das estruturas já instaladas entre as empresas, avalia o senador, vai baratear a expansão das redes, agilizar sua popularização e reduzir a poluição visual. “Para isso, o planejamento precisa ser ajustado”, frisou o senador, em pronunciamento ao plenário, nesta quarta-feira. Além disso, alertou, é preciso que toda essa tecnologia esteja voltada para a ampliação dos serviços oferecidos ao cidadão. “Cidade digital é a que tem cidadão incluído, quando se tem o serviço chegando a todos aonde quer que estejam e, principalmente, a partir da identificação das suas necessidades. E não ao contrário, como acontece atualmente. O cidadão digital hoje é aquele que pode pagar”, afirmou.

Pinheiro considera ainda que a vocação da tecnologia é ampliar a qualidade de vida do conjunto da sociedade, não apenas oferecer mais conforto aos usuários de smartphones, tablets e outros equipamentos com tecnologia de ponta embutida, que ainda permanecem inacessíveis a uma parcela significativa da população. “A cidade tem que ser digital para  aproximar as pessoas e levar serviço para elas”. Pinheiro lembra que, por meio da tecnologia, pode-se garantir acesso ao médico de ponta, com a telemedicina, à educação, com as tele-salas, ampliar a cobertura dos serviços de emergência e segurança, além de uma gama enorme de  outros benefícios. “Já imaginaram poder disponibilizar para o cidadão de uma cidade longínqua o mesmo médico especialista disponível para o paciente de uma grande cidade, sem que o morador do interior precise se deslocar?”, sugeriu Pinheiro, projetando um cenário que pode não estar muito distante dos brasileiros.

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