Planos de saúde vão manter mesmas condições em caso de morte do titular

Planos de saúde vão manter mesmas condições em caso de morte do titular

Projeto aprovado pela CAS pretende preservar dependentes. Foto: Marcos Santos/USP ImagensQuando o titular de um plano de saúde morre, seus dependentes são comumente obrigados a contratar um novo benefício, com valores bem mais altos, cláusulas bem menos amigáveis e condições muito mais desfavoráveis. Para acabar com esse abuso, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta  quarta-feira (6) um projeto de lei (PLS 118/2014) que exige a manutenção das mesmas condições. A proposta foi aprovada em caráter terminativo. Ou seja, não precisa passar pelo plenário e segue diretamente para a Câmara dos Deputados.

A Agência Nacional de Saúde (ANS) tentou argumentar junto aos senadores que a medida só deveria vigorar para os contratos individuais. Venceu, porém, a argumentação de que planos individuais estão praticamente extintos. Até porque, as próprias operadoras de planos de saúde não os disponibilizam mais para novos clientes. 

Peritos do INSS

A Comissão também aprovou projeto que propõe estabelecer jornada de 30 horas para médicos peritos do Instituto Nacional do INSS. Os peritos são encarregados de atestar a necessidade de afastamentos e possibilidade de trabalhadores voltares a seus postos de trabalho.

O PLS 120/2014 , segundo o líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE) tem problemas legais. Pimentel, que foi ministro da Previdência no governo Luiz Inácio Lula da Silva explicou que a questão já foi superada por um acordo entre profissionais e governo em 2008.

Na época, ficou definido que as jornadas integrais (de 40 horas semanais), garantiriam salários integrais. Isso não excluiria jornadas menores, de seis e quatro horas para profissionais que fizessem essa opção. Nesse caso, evidentemente, os salários seriam reduzidos.

 

“Eu defendo que a jornada de 30 horas pode ser ótima para o perito, mas não se adequa à realidade do trabalhador”, disse o senador, que votou contra a proposta que, antes de seguir para a Câmara, precisará da apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

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