O texto ganhou o aval da presidente Dilma Rousseff, após reunião com os líderes partidários da Câmara e do Senado, ocorrida no início da semana. O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI) elogiou a medida. “Isso resolve a questão da falta de médicos nas localidades onde os médicos militares já estão lotados, inclusive nas regiões de fronteira”, resumiu, explicando que o projeto vai permitir que profissionais altamente qualificados – e não apenas recém-formados – engrossem o contingente de profissionais capacitados e prontos para atender a população das regiões mais remotas do País. O líder encaminhou o voto a favor da proposta.
Os senadores petistas Jorge Viana (AC) e Aníbal Diniz (AC) também defenderam a proposta, lembrando que ela vai beneficiar especialmente às comunidades mais isoladas de estados como o que eles representam.
“Esse projeto tem a intenção de solucionar um problema real do País: a falta de médicos”
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que presenciou a votação proposta, afirmou que esta é “mais uma iniciativa do esforço de levar médicos para a população que mais precisa”. O ministro estima que, com a PEC, 6 mil médicos militares podem passar a integrar o SUS. “A medida é importante para a região de fronteira, onde há batalhões das 3 Forças Armadas, que prestarão serviços no SUS”, complementou.
Médicos atuarão na média e alta complexidade
Os médicos que vão ser contratados agora no programa Mais Médicos atuarão na atenção básica. Já dentre os médicos das Forças Armadas há especialistas e cirurgiões.
Assim, com a proposta, o contingente de especialistas em atendimento de média e alta complexidade poderá se somar aos esforços do Governo para reunir profissionais que atenderão aos pacientes que necessitam de atenção básica.
Vários senadores defenderam a proposta, lembrando que em regiões remotas, é comum que os médicos das Forças Armadas já atendam a populações indígenas e das regiões de fronteiras, por absoluta carência de profissionais civis. A proposta se encaixa no projeto do Governo de levar médicos às regiões aonde outros profissionais se recusam a ir.
Conheça a proposta.