O aumento do volume de empréstimos |
Os produtores rurais estão otimistas. Prova disso é que aumentou a demanda por empréstimos para investimentos neste ano. Isso significa que os agricultores estão dispostos a buscar novas soluções para aumentar a produtividade e a rentabilidade de suas lavouras. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a tomada de empréstimos desse tipo cresceu 28% em relação à safra de 2011-2012. Entre julho de 2012 e janeiro de 2013, primeiros sete meses da safra, os produtores obtiveram R$ 16,4 bilhões em crédito para investimento, contra R$ 12,8 bilhões para o mesmo período da safra anterior.
A modalidade mais buscada pelos produtores rurais foi a do Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK), que é destinada à compra de máquinas agrícolas, estruturas de armazenagem e equipamentos de irrigação. Ao todo, foram contratados R$ 5,8 bilhões no período, alta de 50,4% sobre os R$ 3,8 bilhões contratados em igual período da safra anterior.
Também contribuiu para a alta no volume de empréstimos a redução das taxas de juros, de 5% ao ano para 2,5%, no segundo semestre do ano passado. Para
Se considerados os financiamentos para custeio e comercialização, a alta foi de 15,8% no mesmo período: foram R$ 56,8 bilhões em crédito nos primeiros sete meses na safra passada, enquanto nesta foram R$ 65,8 bilhões, sendo R$ 43,9 bilhões e R$ 49,3 bilhões para custeio e comercialização, respectivamente. Mas o volume a ser contratado nestas modalidades tende a crescer neste semestre, de acordo com o ministro Mendes Ribeiro Filho.
Nos próximos meses, os financiamentos agropecuários deverão se concentrar, principalmente, para comercialização de colheitas e custeio de plantio do milho safrinha (como é chamada a segunda colheita anual do produto, com plantio no meio do ano), trigo e demais culturas de inverno.
Contratação recorde
Em 2012, os produtores rurais financiaram o maior volume de crédito da história: R$ 112 bilhões, alta de 19% em relação ao ano anterior (R$ 94,1 bilhões). Os maiores acréscimos percentuais sobre 2011 entre as modalidades de empréstimo foram relativas a investimento, que passaram de R$ 24,2 bilhões para R$ 32 bilhões, de acordo com dados do Banco Central.
“O produtor tem investido cada vez mais no campo e os resultados crescentes dos empréstimos para esse tipo de modalidade de crédito mostram isso. Com mais recursos em melhorias no processo produtivo, o consumidor pode ter certeza de que além do aumento da oferta de alimentos, a qualidade do produto brasileiro – que já é uma referência positiva mundialmente – também é garantida”, afirmou o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller.
Além do aumento dos financiamentos de investimento, de cerca de 32%, houve elevações também das contratações de custeio de 27%, passando de R$ 49,8 bilhões em 2011 para R$ 63,3 bilhões no ano passado.
Com informações do Portal Planalto e do Ministério da Agricultura
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