“Cidade do Povo” pode ser modelo de socorro a desabrigados no País
Em visita ao estado do Acre, na última sexta-feira (24/02), o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, afirmou ao governador Tião Viana e aos senadores Aníbal Diniz (PT-AC) e Jorge Viana (PT-AC), que o programa habitacional “Cidade do Povo”, utilizado no estado, poderá ser adotado pelo Governo Federal como modelo de projeto piloto para assegurar moradia digna a desabrigados de todo o País. A proposta, detalhada pelo governador Tião Viana, pretende assegurar cerca de 10 mil casas populares para aproximadamente 60 mil pessoas,
Na avaliação do senador Aníbal Diniz, esse programa é a alternativa mais viável para acabar com o drama que moradores das áreas alagadiças de Rio Branco enfrentam a cada ano. “O Brasil precisa apresentar uma resposta definitiva para este problema. Precisamos evitar as alagações que sazonalmente atingem o Acre”, defendeu.
O “Cidade do Povo”, programa do Governo do Acre, que conta com recursos do BNDES, prevê a construção de um bairro planejado com 10,5 mil casas em Rio Branco, numa área próxima a BR-364. Creches, hospitais, delegacias, postos de saúde também deverão ser construídos pelo programa. A maioria das famílias que atualmente mora em áreas alagadiças e de risco seria contemplada pelo projeto. Segundo o ministro Fernando Bezerra, a alternativa é viável e será apresentada às ministras do Planejamento, Miriam Belchior, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e também à presidente Dilma Rousseff.
O ministro também destacou que o governo federal poderá liberar mais verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o que chamou de “reconstrução do Acre”.
Segundo ele, assim que o nível das águas dos rios baixar o Governo Federal enviará técnicos ao Acre para fazerem um levantamento completo dos estragos e propor soluções. “O Governo Federal elabora uma nova política de defesa civil que irá ser mais ágil no socorro aos necessitados”, afirmou o ministro.
Liberação de recursos
Durante a visita do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, a cidade de Rio Branco, para avaliar as consequências das enchentes na capital acreana e em várias cidades atingidas pela maior alagação já vivida pelo Acre, o senador Aníbal Diniz avaliou que a liberação imediata de recursos do Governo Federal para o Acre “será providencial e extremamente necessária”.
Os ministros anunciaram a liberação imediata de R$ 5 milhões para serem utilizados no socorro aos desabrigados, hoje alojados em abrigos montados pelo governo ou pelas prefeituras. “Nossa presença aqui é uma determinação expressa da presidenta Dilma”, disse Fernando Bezerra.
No mesmo dia, acompanhados pelo governador Tião Viana, pelos senadores Aníbal Diniz e Jorge Viana, e autoridades locais, os ministros sobrevoaram de helicóptero a capital acreana e viram a dimensão dos estragos provocados pelas chuvas. Para Aníbal Diniz, a viagem dos ministros ao Acre demonstra “um trabalho bem coordenado, com planejamento e mobilização que envolve o governo do Estado, as prefeituras, a sociedade civil e a solidariedade da nossa gente”, afirmou.
Socorro aos desabrigados
Números oficiais divulgados pela Defesa Civil revelam que 2.934 pessoas estavam desabrigadas em Rio Branco até sexta-feira (17/02), por causa da alagação provocada pela cheia do Rio Acre. O trabalho de socorro às famílias atingidas está sendo executado por cerca de 70 equipes do governo, além de voluntários, entidades filantrópicas, igrejas e partidos políticos.
Em todo estado o contingente de desabrigados é de aproximadamente 3.700 pessoas, segundo o comandante da Defesa Civil estadual, coronel Oliveira. Além da capital, os municípios de Assis Brasil, Sena Madureira e Porto Acre também estão sofrendo os efeitos da alagação. O governo estadual e a prefeitura de Rio Branco estão atuando em conjunto para socorrer os desabrigados, oferecendo todo o apoio logístico e material às famílias atingidas tanto na capital como nos outros municípios atingidos.
Em Rio Branco os desabrigados estão sendo levados para abrigos improvisados no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, no Ginásio Coberto e nas dependências do SEST/SENAT. No interior do estado, as vítimas estão sendo alojadas em escolas públicas.
Segundo o Coronel Oliveira, comandante da Defesa Civil Estadual, os governos estadual e municipal estão oferecendo, nos abrigos, “tudo o que as famílias necessitam para assegurar a dignidade das pessoas: alimentação, agasalhos, serviços de atendimento à saúde, educação e até mesmo lazer”. Todas as secretarias municipais e estaduais também estão engajadas no trabalho de socorro aos desabrigados.
Levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Agricultura e pela Defesa Civil mostra que cem moradores de comunidades rurais tiveram suas casas alagadas. O governo estadual instituiu a campanha “Acre Solidário” para arrecadar donativos para as famílias atingidas. Todas as informações sobre a alagação estão sendo divulgadas no site oficial do governo e são atualizadas a cada três horas.
Com informações da Assessoria do senador Aníbal Diniz
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