Regina: novas gravações vazadas reiteram que a presidenta Dilma não interferia no STF e não fazia cobranças aos ministros que indicou para a CorteO silêncio do Supremo Tribunal Federal diante do mais recente vazamento do delator Sérgio machado deveria ser motivo de estarrecimento de todo o País, afirma a senadora Regina Sousa (PT-PI). “Quero expressar o meu espanto e a minha preocupação [com o teor dos comentários], sobretudo com o silêncio do STF”, afirmou a senadora em pronunciamento ao plenário nesta quarta-feira (22).
Ela lembrou que o ex-presidente Lula foi exposto à execração pública ao dizer que aquela corte estaria acovardada. “Agora vem esse senhor [Machado] e xinga cinco ministros da Corte e ninguém diz dana?! Isso é gravíssimo!”, ressaltou.
A senadora ressaltou que as novas gravações vazadas reiteram que a presidenta Dilma não interferia no STF e não fazia cobranças aos ministros que indicou para a Corte. “Isso é dito pelo delator em tom de cobrança, cobrando da presidenta que interfira para ‘estancar a sangria’. É muito bom que ele confirme que a presidenta não cobra nada dos membros do STF. Porque nem deve, nem pode”, afirmou.
Regina comentou, ainda, a entrevista concedida pelo ministro do STF Gilmar Mendes durante recente viagem à Suécia, na qual admite que o impeachment é um processo político e que depende de uma maioria parlamentar e não do cometimento de um crime por parte da chefe do Executivo.
A senadora também questionou o encontro a portas fechadas entre o ministro da Justiça interino, Alexandre Moraes, com o juiz que conduz os processos derivados da Operação Lava Jato, Sérgio Moro. Na última terça-feira, Moraes foi a Curitiba para o encontro com Moro. “Está todo mundo se perguntando o que foi tratado. Soa estranho que um ministro vá a Curitiba conversar com o Juiz Sérgio Moro e não vaze nada. Nós vivemos a fase dos vazamentos e dessa não vazou nada”.
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