Relator atende a pedido feito pelos clubes e adia apresentação de relatório

Em sessão vazia, parlamentares explicam novo adiamento na apresentação do relatórioO vice-presidente da Comissão Mista destinada a analisar a Medida Provisória (MP 671/2015), deputado Andrés Sanchez (PT-SP), abriu a reunião desta terça-feira (16), informando que devido a um pedido dos clubes de futebol a leitura do relatório do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) seria novamente adiada. “Ontem houve uma reunião dos clubes e eles fizeram um pedido especial”, resumiu.

O relator da MP 671 na comissão mista, Otávio Leite detalhou que, após a reunião dos clubes realizada na última segunda, para discutir o texto da Medida, os clubes solicitaram um tempo maior para apresentar sugestões ao relatório preliminar, apresentado pelo relator duas semanas atrás.

“Essa MP tem como fulcro uma busca pela solução de um sério problema do futebol brasileiro em que o ator fundamental, nesse contexto, são os clubes. Considerando os apelos que nos formularam para que eles pudessem trazer uma opinião em cima do relatório preliminar com sugestões, eu, por uma compreensão democrática, acolho essa sugestão”, disse.

De acordo com o deputado Otávio Leite, amanhã, às 9h, haverá uma reunião entre os representantes dos clubes e parlamentares para buscar um consenso. “Considero que é justo ouvi-los mais uma vez”, emendou.

A MP 671, dentre outras coisas, prevê o refinanciamento da dívida dos clubes de futebol com a União estimadas em aproximadamente R$ 4 bilhões.

Reunião dos clubes
De acordo com reportagem do site espn.com.br, ontem, ocorreu uma reunião que contou com a participação de 15 dos 20 times da Serie A do futebol nacional. No encontro, os representantes das equipes chegaram a um consenso em relação ao pagamento mínimo anual do que devem e fizeram uma nova proposta para alterar a MP.

A proposta anterior previa um pagamento inicial de 36 parcelas baseado no faturamento dos clubes para tapar o rombo dos clubes com a União. A nova proposta que os clubes propuseram prevê que o pagamento mínimo fosse relacionado com a divisão em que a equipe se encontra. Quem está na Série A, paga 3%, quem está na Série B paga 2%, quem está na Série C paga 1% e quem está na Série D paga 0,5%.

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