O trabalho realizado pela Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, “Crack” e Outros (CASDEP), presidida pelo senador Wellington Dias (PT-PI), foi publicado na oitava edição da revista Em Discussão!, lançada nesta quarta-feira (14/09) durante reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Nesta edição, a publicação do Senado traz um diagnóstico sobre as drogas no cotidiano dos brasileiros, o tratamento dos dependentes químicos e a reinserção social a partir das discussões realizadas nas audiências da subcomissão. “A revista traz reportagens que vão além da cobertura que o Senado faz nos seus demais veículos de comunicação. Mostra o que está acontecendo no Brasil de forma atualizada. É um instrumento importante para a formação de ideias e propostas sobre esse assunto”, afirmou Wellington Dias.
Prorrogação dos trabalhos
Durante a sessão de lançamento da revista, o senador Wellington Dias também informou que os trabalhos da CASDEP tiveram prazo estendido. A Comissão criada em 29 de março deste ano e que teria 90 dias para apresentar sugestões nesta área, funcionará até 11 de novembro.
Ao final dos trabalhos, o senador reforçou o interesse de construir com o Governo Federal, uma conferencia nacional para tratar do tema e incitar a criação de um sistema intersetorial que cuide da prevenção, atendimento, reinserção e acompanhamento de dependentes químicos. “Temos no Brasil, cerca de 18 milhões de pessoas dependentes de algum tipo de droga. Precisamos de um forte investimento nessa área. Desejamos que o Brasil tenha um sistema coordenado por alguém ligado diretamente ao presidente”, defendeu o senador.
Ações futuras
A próxima reunião da Subcomissão será realizada amanhã, às 14h30, no auditório da Comissão de Assuntos Sociais. Além disso, o senador anunciou que será realizada visita técnica, no mês de outubro, para Suécia, Holanda, Portugal e Inglaterra. O objetivo da viagem é avaliar as experiências adotadas por esses países, para avaliar qual se adapta melhor a realidade brasileira.
Propostas em discussão pela Subcomissão:
* Realizar conferência nacional, com todos setores envolvidos, para elaborar uma política completa;
* Financiar as comunidades terapêuticas com recursos da União;
* Apoiar a elaboração de padrões mínimos de organização às comunidades terapêuticas;
* Dar à Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad) status de ministério para trabalhar com as demais pastas, estados e municípios;
* Controlar as drogas lícitas, com maior restrição à venda, inclusive com maior taxação, e à propaganda de bebidas alcoólicas e de tabaco, dificultando o acesso dos jovens;
* Aumentar o orçamento da Polícia Federal para reforçar a atuação nas regiões de fronteira;
* Envolver centrais sindicais e Sistema S na reinserção dos dependentes.
O flagelo do crack:
* Segundo a ONU, o mercado do crack movimentou US$ 100 bi em 2009;
* A fumaça inalada após o aquecimento da pedra de crack a 95 graus leva cloridrato de cocaína diretamente aos pulmões. Dez segundos depois, a substância já está no cérebro;
* Pesquisadores afirmam que efeito do crack no cérebro é de cinco a seis vezes mais intenso que o da cocaína;
* No Brasil, o primeiro relato de uso do crack foi feito em 1989, na cidade de São Paulo;
* Comunidades terapêuticas dizem recuperar entre 40% e 80% dos viciados;
* Um ano e três meses depois do anúncio do Plano Integrado de Enfretamento ao Crack, governo investiu R$ 274,3 milhões dos R$ 410 milhões prometidos.
Ouça a entrevista do senador Wellington Dias
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Rafael Noronha com informações da Agência Senado
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