Tereza Campello mostra a mudança na vida real das pessoas

Pesquisa do Ipea revela que o Bolsa Família alivia a pobreza, promove a inclusão social das crianças e garante o atendimento de saúde às mães.

Tereza Campello mostra a mudança na vida real das pessoas

 

“Atualmente é fácil defender o Bolsa Família, mas
nem sempre foi assim. É imperativo lembrar que ele
não existiria sem a decisão política. Desde o início
do programa, a engenharia política foi de Lula”
(Instituto Lula)

A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, apresentou, nesta quarta-feira (30), durante a comemoração dos 10 anos do programa Bolsa Família, uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apontando como o maior programa de inclusão social do mundo realmente exerce uma ação transformadora no País, abarcando três princípios: alivia a pobreza e a fome; inclui a criança e garante a cobertura da saúde às gestantes.

A pesquisa que tem 66 autores, dividida em 29 capítulos e 500 páginas, mostra o empoderamento da mulher e do desenvolvimento regional. O Bolsa Família contribuiu para a saúde das crianças. As mães fazem o exame pré-natal, o número de crianças nascidas imaturas caiu 15%, a mortalidade por diarreia foi reduzida em 46% e caiu 56% a mortalidade por desnutrição. “Com o programa Bolsa Família enfrentamos a desnutrição. As crianças nascidas já não mostram déficit por altura. A mãe fez o pré-natal e a criança ultrapassou uma barreira e está onde seus pais nunca estiveram”, disse a ministra.

Na área de educação, Tereza Campello mostrou que o maior objetivo foi alcançado, ou seja, colocar e manter as crianças beneficiárias do Bolsa Família na escola. A taxa de permanência é maior em todos os períodos e o acompanhamento da frequência escolar é rigoroso, sendo coletado mensalmente, o que envolve 32 mil servidores de 160 mil escolas. “Contamos com a rede de assistência social, com o MEC, e temos 15 milhões de alunos monitorados, o equivalente a 75% dos alunos de 6 a 14 anos da Europa Ocidental”, observou.

Em relação à pobreza, a ministra disse que o Brasil sem Miséria permitiu dar um salto ao oferecer mais para quem tem menos. “Não aceitamos que nenhum brasileiro viva com menos de 70 reais por mês e o resultado é que 22 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza pelo critério de renda. Se considerarmos o conjunto do impacto, o Brasil sem Miséria e o Bolsa Família original garantiram a 36 milhões de pessoas uma renda acima de 70 reais mensais”, disse ela, destacando que 900 mil famílias em extrema pobreza foram identificadas e faltam ainda 600 mil.

“A mais importante ação depois da Bolsa Família foi enfrentar a concentração da extrema pobreza, aplicando 0,46% do PIB em políticas para oferecermos uma porta do futuro para crianças. Cada real investido para os beneficiários do programa retornam R$ 1,78 reais no PIB e chega a R$ 2,40 seu efeito multiplicador no consumo. O programa é bom para o comércio, para a indústria e por gerar emprego. É bom para o Brasil”, disse.

Por esses resultados, Tereza Campello disse que hoje, nos dez anos do Bolsa Família, é um dia para ser festejado. “Temos 50 milhões de motivos para comemorar”, afirmou. A ministra citou cada um de seus antecessores no Ministério, Patrus Ananias, Márcia Lopes, Benedita da Silva e José Graziano e fez um elogio especial a Cleiton Pereira, um ex-beneficiário do programa que hoje é gestor no município onde reside. “Atualmente é fácil defender o Bolsa Família, mas nem sempre foi assim. É imperativo lembrar que ele não existiria sem a decisão política. Desde o início do programa, a engenharia política foi de Lula”, enfatizou.

Na cerimônia, Hans Horst, da Associação Internacional de Assistência Social (ISSA) leu os princípios que levaram esse organismo ligado à ONU conferir um prêmio ao Bolsa Família: “a permanente vontade política no mais alto nível e o compromisso com a excelência de implementação e gestão são elementos cruciais”, anunciou.

Veja a apresentação da ministra Tereza Campello

Marcello Antunes

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