O Grupo de Alto Nível da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) ratificou na última terça-feira (14/08) a suspensão temporária do Paraguai. A decisão foi anunciada após um período de análises, feitas a partir de relatórios específicos enviados pelas 11 embaixadas dos países que integram o grupo. O presidente do Grupo de Alto Nível da Unasul, Salomon Lerner, fez o anúncio oficial.
O Paraguai foi suspenso da Unasul em 29 de junho, depois que os líderes sul-americanos levantaram dúvidas sobre a destituição do então presidente Fernando Lugo do poder – em 22 de junho. O Mercosul também suspendeu o país temporariamente do bloco.
A Unasul é formada por 12 países – um deles é o Paraguai que está suspenso até abril de 2013. Integram o grupo a Bolívia, Colômbia, o Equador, Peru, a Argentina, o Brasil, Paraguai, Uruguai, a Venezuela, o Chile, a Guiana e o Suriname. São países observadores o Panamá e o México.
Lerner disse ainda que os integrantes do grupo analisaram os relatórios sobre a situação política no Paraguai e que há perspectivas positivas sobre o cumprimento do calendário eleitoral no país. As eleições presidenciais estão marcadas para abril de 2013. O ex-presidente Fernando Lugo deve ser candidato ao Senado.
No fim deste mês, os integrantes do Grupo de Alto Nível da Unasul voltam a se reunir para mais uma etapa de análise sobre a situação política do Paraguai. No próximo dia
Paraguai diz que fará referendo para definir permanência no Mercosul
O presidente do Paraguai, Federico Franco, anunciou que pretende promover um referendo para que a sociedade decida se o país deve permanecer no Mercosul. O referendo pode ocorrer em abril de 2013 durante as eleições majoritárias. O Paraguai foi suspenso do bloco em junho, depois que os líderes sul-americanos levantaram dúvidas sobre a destituição do então presidente Fernando Lugo do poder – em 22 de junho.
“Não é uma decisão rápida nem prática que possa ser tomada por alguns, que solicitam a saída do Mercosul, não é fácil”, disse o presidente durante solenidade. “Para tomar essa decisão, eu não descarto a realização de um referendo”, acrescentou. “Pessoalmente, não endosso essa possibilidade.”
Desde a semana passada, Franco tem anunciado medidas controvertidas envolvendo alguns parceiros sul-americanos. O presidente disse que pretende revisar o acordo entre o Paraguai e o Brasil sobre o uso de energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. Segundo ele, os paraguaios deixarão de “ceder” energia para o Brasil.
As autoridades brasileiras reagiram, informando que há um acordo que deve ser respeitado e que para revisá-lo é necessário seguir uma série de trâmites. O governo brasileiro nega que a energia seja cedida pelo Paraguai. Segundo o governo, a energia é comprada.
Com informações da Agência Brasil e Ipparaguay.