Ângela destacou importância da escolha da instituição como um dos centros de excelência a desenvolver a vacinaA senadora Ângela Portela (PT-RR), em discurso ao plenário, nesta quarta-feira (29), destacou a participação da Universidade Federal de Roraima (UFRR) na pesquisa de uma vacina contra a dengue. O trabalho é desenvolvido por 14 centros de excelência brasileiros escolhidos pelo governo federal.
“É um orgulho muito grande para nós que somos roraimenses, que somos da Universidade Federal, que reconhecemos o corpo técnico, administrativo, a gestão eficiente e colaborativa que tem a nossa Universidade Federal de Roraima com a sociedade”, afirmou a senadora.
A universidade será a segunda instituição do País – a primeira foi o renomado Instituto Butantan – a realizar a terceira fase da pesquisa, quando os testes são feitos em seres humanos. Segundo a UFRR, serão imunizados 17 mil voluntários no Brasil, sendo 1.360 em Roraima. A vacinação, que será feita em parceria com a prefeitura de Boa Vista, começou esta semana.
O Brasil fechou 2015 com o registro de 1,649 milhão de casos prováveis de dengue, número 178% maior que o de 2014, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. O estudo também indica que 843 pessoas morreram devido a doença no ano passado.
“Não podemos minimizar o problema representado pela dengue em nosso País”, lembrou Ângela. “A dengue mata e constitui uma espécie de porta de entrada para outras enfermidades também muito graves. Acaba-se de descobrir que a exposição prévia a dengue pode potencializar o zika, agente de complicações seriíssimas, com a microcefalia”, emendou.
De acordo com Ângela, a escolha da UFRR para colaborar na pesquisa se deve à disponibilidade de profissionais capacitados e à boa infraestrutura que tem a nossa Universidade Federal. Ao todo, o governo recebeu mais de 100 solicitações de participação no processo para o desenvolvimento da vacina contra a dengue.
A terceira fase da pesquisa deve durar cerca de cinco anos. Nesse período, a equipe de profissionais contratada pela UFRR para o projeto deve convidar, vacinar e acompanhar os voluntários. Crianças e gestantes só serão vacinadas a partir do mês de agosto.
No fim da pesquisa, com o resultado positivo da vacina, o produto será disponibilizado para toda a população brasileira. A previsão é que o trabalho seja concluído em 2019.
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