Presidente da Rússia não fez reunião bilateral com o presidente golpista brasileiro, ao contrário do que divulgou o Palácio do Planalto em comunicadoA última reunião dos Brics – bloco político de cooperação entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – realizada no final de semana, em Goa, na Índia, foi palco de um duplo papelão para o governo golpista de Michel Temer.
O usurpador Temer anunciou, durante viagem ao Japão, nesta terça-feira (18), que o presidente russo Vladimir Putin demonstrou “grande interesse” pela PEC 241, a “PEC do Fim do Mundo”, e que ambos teriam feito uma refeição juntos.
Na verdade, o golpista foi preterido pelo russo, sendo o único dos chefes de Estado e de governo do grupo a não ter tido um encontro bilateral com o chefe do Kremlin.
Em diplomacia, a reunião bilateral é uma deferência política ou um gesto de proximidade e, não raro, de simpatia entre dois dirigentes políticos.
Conforme anunciou o canal de notícias Russia Today, uma espécie de NBR da Rússia, a escolha seria por não se aproximar do presidente brasileiro após a “mudança brusca”, como se referiram ao impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff.
Segundo o canal, os líderes dos Brics prestam “muita atenção” em Temer para tentar entender quais serão os rumos políticos do Brasil a partir de agora.
O golpista Temer ainda cometeu mais uma gafe, ao chamar Putin de ministro quando respondia a jornalistas sobre a PEC 241.
“Não só o ministro indiano se interessou, como durante um almoço o ministro Putin… o presidente Putin se interessou vivamente, tanto que eu dei explicações as mais variadas sobre o nosso projeto”, disse ele. Mais tarde o usurpador se referiu ao almoço como “um jantar”.
Apesar de ter sido preterido pelo presidente russo, o golpista Temer disse estar sendo acolhido “com simpatia” nas reuniões no exterior. “Não vou nem dizer simpatia, mas acolhimento e compreensão das palavras que digo”, corrigiu-se a seguir.
Agência PT de Notícias
Leia mais:
Lula: Por que querem me condenar
Temer corta vagas em universidades públicas federais, denuncia Humberto