Duas pesquisas divulgadas semana passada comprovam que a saída para a crise brasileira passa necessariamente pela participação ativa do presidente Lula no processo político e por sua candidatura à Presidência da República em outubro.
A primeira, divulgada com 10 dias de atraso pela Folha de S.Paulo, diz que Lula é o candidato “mais preparado para acelerar o crescimento do país”, de acordo com 32% dos eleitores ouvidos pelo Datafolha. É mais que o dobro do segundo colocado e quase igual à soma do que foi obtido por todos os outros candidatos.
Mesmo impedido de fazer sua pré-campanha eleitoral e de participar dos debates, por causa de sua prisão injusta e ilegal, Lula continua sendo a referência do chefe de governo que fez o Brasil crescer como nunca, gerando milhões de empregos; que pagou a dívida com o FMI e fez o país ser respeitado lá fora.
A segunda pesquisa, divulgada pelo Instituto Análise, mostra que 65% dos brasileiros avaliam, hoje, que o governo Lula foi “ótimo” ou “bom”. É um número parecido com os índices que ele obteve a partir de 2004, e que o levaram a ser aprovado por 83% ao deixar o cargo em 2010.
Esse dado mostra que o brasileiro tem bem viva a memória de um tempo de oportunidades para todos, mas especialmente para os trabalhadores e os mais pobres. Em que o estado investia em políticas sociais amplas e no desenvolvimento, na saúde e na educação, e que defendia a soberania nacional.
Um tempo em que o Palácio do Planalto esteve aberto ao povo, para o diálogo com as centrais sindicais e as organizações empresariais, com os sem-terra e com os grandes produtores rurais, com os intelectuais, os indígenas, os hansenianos, os quilombolas, as mulheres, as pessoas LGBT. Um tempo de democracia e prosperidade como o Brasil jamais vira antes.
É desse tipo de governo que o Brasil precisa novamente, para superar a grave crise econômica, social e política em que fomos lançados pelo golpe do impeachment de 2016. O povo, mais sábio que as elites, está dizendo por meio das pesquisas que o modelo ultraliberal não serve para o País, porque exclui a maioria.
Estas elites que a tudo recorrem para manter Lula fora do processo político e eleitoral – da perseguição midiática às farsas e chicanas judiciais – já deveriam ter percebido a realidade. Neste momento, só a candidatura do ex-presidente Lula pode sinalizar a retomada da estabilidade e da confiança no país. Excluí-lo à força só vai aprofundar a crise que elas criaram.