Sobre nomeação de Temer, Edinho Silva lembra que quem governa é a presidente

Edinho afirma que é ‘natural’ delegar a articulação política ao PMDB. Foto: Maurício Garcia de Souza/ ALESPEm entrevista ao jornal Valor Econômico desta sexta-feira (10), o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, ao comentar as declarações de Michel Temer de que Dilma lhe pediu ajuda para governar, afirmou que “quem governa é a presidente”.

A declaração do vice-presidente ocorreu após encontro com o ex-presidente Lula, na quinta-feira (9). Edinho ressaltou que é “natural” confiar a articulação ao maior partido da coalizão governista, o PMDB. “Temos democracias seculares na Europa em que se cai um gabinete inteiro, a vida continua”, disse, sobre a troca do PT pelo PMDB na coordenação política. “Aqui estamos falando de um partido da coalizão, do vice-presidente da República assumir um papel de articulação política o que é absolutamente natural”, defendeu.

Edinho acredita que, com Temer à frente da articulação política, devido a sua capacidade de diálogo, a crise política tende a diminuir. “Daqui a pouco as coisas se acomodam, a correlação de forças se estabiliza, a governabilidade se pacifica e a vida continua”, afirmou.

Quanto às manifestações, o ministro Edinho ressaltou que não paralisarão o governo. “Mobilização num país democrático tem que ser tratada com naturalidade, vamos ter mobilização no domingo e na segunda-feira, o governo vai continuar existindo, vai continuar trabalhando”.

Já a queda de popularidade de Dilma foi justificada por ele devido ao momento de turbulência política, devido às medidas de ajuste na economia adotadas pelo governo. “Quando a sociedade começar a compreender os objetivos do ajuste, quando conseguirmos implementar a estabilidade de governança e passarmos por essa turbulência, não tenho nenhuma dúvida de que a popularidade dela vai começar a ser recuperar”, sustentou.

O ministro da Pasta responsável pela comunicação oficial do governo anunciou, ainda, o lançamento de uma campanha nacional para explicar as medidas à população. Ele justificou ser preciso que a sociedade compreenda os ajustes econômicos, como as alterações no seguro-desemprego, no abono salarial e na pensão por morte.

A campanha será ampla e abrangerá as mídias de rádio, televisão e internet. Também será publicada uma cartilha para esclarecer dúvidas sobre o ajuste. Ainda na estratégia de comunicação, os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Carlos Gabas (Previdência Social) continuarão dando entrevistas e reunindo-se com parlamentares para explicar em detalhes os impactos das medidas propostas pelo governo.

Com informações do jornal Valor Econômico

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