Soldado-Cidadão qualifica 165 mil jovens entre 2004 e 2011

Programa se integra ao Pronatec e vai atender mais que o dobro de soldados a cada ano

O projeto Soldado-Cidadão , do Ministério da Defesa, qualificou, em diversas áreas profissionais, 165 mil militares temporários das Forças Armadas de todo o Brasil entre 2004 e 2011. Na última segunda-feira (7), um acordo de cooperação foi celebrado entre a Defesa e o Ministério da Educação (MEC) para ampliar em mais 20 mil a cada ano o total de atendimentos, já a partir de 2012. A ampliação será feita com recursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) – , do MEC.

Em 2011, foram 16 mil formados e 14,8 mil em 2010. A integração com o Pronatec garantirá, para 2012, a qualificação de 36 mil soldados da Marinha, Exército e Aeronáutica.

O objetivo é que, ao término do Serviço Militar, os jovens que forem licenciados enfrentem o mercado de trabalho em igualdade com aqueles que não tiveram passagem pelo quartel.

Todos os anos, cerca de 1,6 milhão de jovens do sexo masculino atingem a faixa etária destinada à prestação do Serviço Militar Obrigatório e, aproximadamente 90 mil destes, ingressam nas Forças Armadas. A prioridade para a qualificação é para os jovens carentes ou em situação de risco social.

Cursos – As qualificações abrangem áreas como serviços gerais (eletricistas, pedreiros, marceneiros, pintores), aprovisionamento (cozinheiros, padeiros, garçons); transportes (mecânicos, motoristas, pintura automotiva); saúde (auxiliares de laboratório e de farmácia) e informática (montagem e manutenção de redes, webdesigner).

Os cursos são realizados em horário do expediente e a carga horária mínima é de 160 horas. A estimativa do Ministério da Defesa é que 67% dos beneficiados fazem carreira na área em que foram qualificados. O programa envolve organizações militares e entidades civis de ensino profissionalizante pertencentes ao Sistema “S”: Senai, Senac, Senat e Senar.

Projeto

 

O Soldado-Cidadão teve início em 2002, na cidade do Rio de Janeiro, para diminuir o aliciamento dos jovens reservistas pelo crime organizado. A ação passou a ter abrangência nacional a partir de 2004, com a integração ao Plano Plurianual (PPA) do governo federal, o que fez o projeto tornar-se permanente, com recursos previstos no orçamento da União.

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