Standard & Poor’s elogia gestão coerente da política econômica

Presidente da Agência destaca ações para ampliar os investimentos em infraestrutura, com maior participação do setor privado.

Ao contrário do que dizem os pessimistas de plantão contrários à política de desoneração tributária, adotada desde de julho do ano passado, e à redução dos juros em 2012, foram justamente estas iniciativas do governo Dilma que evitaram um desempenho ainda pior do PIB brasileiro. A avaliação é presidente da agência de classificação de risco Standard & Poor’s no Brasil, Regina Nunes. Ela considera “positiva” a gestão da economia pelo governo da presidente Dilma Rousseff.  “O governo vem dando continuidade à atuação pragmática que fez com que o País conquistasse o grau de investimento”, disse. Regina Nunes.

Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Nunes destacou a “harmonia das políticas fiscal e monetária, que agiram para estimular o nível de atividade no ano passado”. “Se os juros não fossem reduzidos em 2012, bem como se não tivessem sido adotadas várias medidas de desonerações tributárias para vários setores produtivos, o PIB teria crescido menos de 0,9%. E isso seria negativo para o País, com repercussões para a renda das famílias e o caixa das empresas e traria efeitos ruins até para a saúde dos bancos”, ponderou.

A avaliação da agência S&P do rating do Brasil e estável e a nota soberana do País é BBB. “Algumas pessoas falam de falta de previsibilidade do governo, mas essa não é a minha avaliação. Ao contrário. Vejo grande coerência em relação à gestão da política econômica e também a outros temas, como o interesse do Poder Executivo em ampliar os investimentos em infraestrutura, com maior participação do setor privado”, apontou Regina.

Segundo ela, é muito difícil para a administração federal realizar projetos de concessões públicas em rodovias, portos e aeroportos e acertar rapidamente qual é a demanda de retorno dos projetos pelas companhias privadas. “É um processo de aprendizado. O governo faz uma oferta, as empresas particulares se manifestam e dessa interação é encontrada uma taxa de retorno atrativa para os investidores e que, ao mesmo tempo, maximiza os benefícios sociais dos projetos”, afirmou Regina. “O Poder Executivo não pode fazer as coisas com pressa, isso pode colocar em risco o patrimônio público por um prazo longo, de 30 anos.”

Para Regina Nunes, o governo Dilma acerta também na administração da Petrobrás ao buscar uma equalização dos preços dos combustíveis no Brasil com os praticados no mercado internacional. “Essa política do governo em relação à Petrobrás é correta. Além de existir uma questão importante de governança, é fundamental adotar medidas que viabilizem o programa de investimentos de longo prazo de US$ 230 bilhões da companhia, um dos maiores do mundo”, destacou.

Na sua avaliação, o Governo Federal também tem agido bem ao mudar a estrutura de tributos, como a unificação das alíquotas interestaduais de ICMS.

Com informações da Agência Estado

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