Walter Pinheiro foi um dos autores do requerimento para a realização do debate na Subcomissão, que pretende propor alternativas ao Governo Dilma para a melhoria do serviço aéreo brasileiro. O senador defendeu também a existência de um fluxo regular de linhas que atendam o interior do País. “A inclusão social fez com que muitos brasileiros tivessem a oportunidade para andar de avião. Quando era criança andar de avião era um acontecimento, a família inteira ia ao aeroporto para fazer a despedida”.
A recém criada Subcomissão temporária da Aviação Civil, no Senado, irá realizar uma audiência pública com representantes da Infraero, Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) e Secretaria da Aviação Civil para analisar o resultado do leilão de concessão dos aeroportos de Viracopos e Guarulhos (SP) e de Brasília (DF) e apresentar as expectativas dos potenciais aeroportos que poderão ser operados pela iniciativa privada em parceria com o Governo Federal.
O requerimento do líder do PT, Walter Pinheiro (BA), e do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) foi aprovado nesta quinta-feira (09/02), na sessão de instalação da Subcomissão, vinculada à Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) da Casa. Pinheiro e os senadores petistas José Pimentel (CE) e Delcídio do Amaral (MS) vão integrar a Subcomissão, presidida pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO).
O objetivo apresentar à presidenta Dilma Rousseff sugestões para aprimorar os serviços do setor aéreo.
O líder Walter Pinheiro defendeu que a Subcomissão apresente propostas para garantir um fluxo regular de linhas que atendam o interior do País que está crescendo. “A inclusão social fez com que muitos brasileiros tivessem a oportunidade para andar de avião. Quando era criança andar de avião era um acontecimento, a família inteira ia ao aeroporto para fazer a despedida”, lembrou. Segundo o senador Vicentinho Alves, ao término de um ano, quando acaba os trabalhos da subcomisão, as propostas serão levadas à presidenta Dilma, para que ela possa definir quais alternativas serão transformadas em projetos de lei.
Conforme também disse Vicentinho Alves, a ideia é propor alternativas para casos que estão se tornando emblemáticos na Aviação Civil: a fadiga dos trabalhadores de companhias aéreas, pilotos, comissários ou equipe de terra e a diferenciação existente com a jornada dos trabalhadores de empresas de táxi aéreo. A necessidade de formar novos pilotos e profissionais da aviação é um tema que a subcomissão pretende encontrar uma saída, porque o crescimento da aviação no País a partir do governo Lula mais do que dobrou o número de passageiros e de aeronaves e já se discute a contratação de profissionais estrangeiros.
A sobreposição de atribuições da ANAC, Infraero e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) será avaliada para potencializar as atividades de cada área e propor regulamentos claros para as companhias aéreas, as empresas de táxi aéreo, proprietários particulares de aeronaves, ultraleves e planadores. Um exemplo dessa sobreposição, que foi citada pelos senadores, é a obrigatoriedade de uma empresa de táxi aéreo com sede em Marabá (PA) resolver seus problemas em São Paulo, enquanto uma empresa com sede em Imperatriz (MA) é atendida pelas autoridades aeroportuárias de Recife, ou mesmo uma empresa que atua em Santarém (PA) resolve suas pendências com as autoridades sediadas no Rio de Janeiro.
Marcello Antunes
Leia mais
Pinheiro integrará subcomissão de Aviação Civil
Sucesso absoluto na concessão dos aeroportos. Ágio chega a 673%