Supersafra 2013/2014 deve reduzir a pressão inflacionária

Os especialistas de mercado já começam a rever suas previsões alarmistas sobre a inflação. A perspectiva é que o IPCA deve arrefecer. 


Há uma elevação de 12% na estimativa da
próxima safra, devendo o Brasil colher
181,3 milhões de toneladas

Os especialistas de mercado já começam a reformular suas previsões alarmistas sobre a aceleração da inflação. Agora, a perspectiva é outra: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve arrefecer nos próximos meses, até encerrar o ano em níveis similares aos do ano passado. A perda de fôlego para a alta de preços tem relação direta com a expectativa de uma safra recorde e com o impacto da desoneração da cesta básica. Os alimentos, conforme tem explicado o ministro da Fazenda, Guido Mantega, são a principal fonte de pressão sobre os preços.

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As condições climáticas favoráveis, o excesso de chuva na região Centro-Oeste, o aumento na área plantada de milho na 2ª safra do ano e a conclusão do período de semeadura vão ser os responsáveis pelo aumento da Safra 2012/2013. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) houve uma elevação de 12% na estimativa da próxima safra, devendo o Brasil colher 181,3 milhões de toneladas, ante 161,9 milhões de toneladas do ano anterior. Para o IBGE, a área a ser colhida em 2013, de 52,7 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 7,9% frente à área colhida em 2012.

Na semana passada, Mantega voltou a frisar que a tendência mostrada pelo IPCA, recentemente divulgado, é de desaceleração, em linha com o fim da sazonalidade desfavorável de alimentos. “A agricultura mais alimentar, de não commodities, tem volatilidade grande de ano para ano, mas isso é passageiro”, disse.

Operadores do mercado lembram também que outros fatores devem ajudar a empurrar a inflação ladeira abaixo. Entre eles, os custos com educação, que tem impacto significativo no primeiro trimestre por conta da renovação de matrículas e gastos com material escolar.

Perspectiva favorável

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De acordo com o Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central, o IPCA deverá acelerar um pouco nos próximos meses, até atingir 6,7% no acumulado de 12 meses terminados em junho. O índice, então, deverá recuar para 6% no fim de setembro, até terminar o ano em 5,7%. Para 2014, a autoridade monetária projeta inflação oficial em torno de 5,3%.

Com informações das agências de notícias

Foto: Jornal o Correio

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