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“A busca por justiça, não deve ser caracterizada pela violência”. Este foi o recado transmitido por Eduardo Suplicy (PT-SP) da tribuna do Senado nesta quarta-feira (12). Em seu discurso, o senador destacou alguns episódios dramáticos divulgados pelos jornais, como o apedrejamento do patrimônio público e o confronto com a polícia, para conclamar aos manifestantes mobilizações pacíficas e diálogo.
“Quebraram as instalações do metrô ou dos próprios ônibus, depredando-os. Foram 89 ônibus depredados. Isso só vai prejudicar o objetivo de termos um melhor transporte público”, observou Suplicy. “Meu apelo é no sentido de que possa haver um diálogo sim; possa haver um diálogo entre essas pessoas do Movimento Passe Livre”, completou.
Eduardo Suplicy destacou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, demonstrou certa “irritação” ao tomar conhecimento da depredação. Haddad, que cumpre agenda política em Paris, reiterou a Suplicy os esforços que empreendeu, junto aos governos estadual e federal, para evitar o reajuste das tarifas do transporte público logo no início do ano, além de conseguir firmar em um valor menor o aumento da passagem, em comparação com municípios vizinhos.
“Se fosse para fazer o reajuste de acordo com a inflação, teria sido um ajuste de R$3,00 para R$3,50, mas, com o esforço de diminuir o impacto e examinando todas as alternativas possíveis, inclusive tendo em conta o ajuste dos motoristas e cobradores de ônibus da ordem de 10% recentemente, o ajuste foi para R$3,20”, elucidou Suplicy.
O senador petista ainda ponderou que a correção nas tarifas do transporte é necessária para alcançar um objetivo maior: a melhoria significativa do transporte público da capital. “A intenção, se possível, é promover a universalização do transporte público, que inclui ônibus e metrô em São Paulo e na Grande São Paulo, fazer com que seja estendido a todos, assim como o direito à educação, o direito aos bons serviços de saúde. No entanto, para isso, é preciso que pensemos todos juntos para definir a melhor maneira de financiar um transporte público que seja o mais econômico possível para a população que dele depende”, afirmou.
Catharine Rocha