A matéria foi relatada pelo senador Anibal Diniz (PT-AC) e foi aprovada pela CDH na manhã da quarta-feira (12).
“É necessário estabelecer critérios que deem a noção exata do caminho a ser percorrido e dos objetivos que se almejam alcançar para a erradicação da pobreza. É necessário estabelecer uma meta explícita da redução da pobreza”, afirmou Suplicy. “A adoção de uma medida quantitativa específica, apesar de arbitrária e questionável, terá consequências políticas duráveis e de longo alcance”, avaliou o senador. Ele acredita que os governos serão julgados pelo seu sucesso ou falha na redução da prevalência da pobreza medida oficialmente. “Enquanto uma família for encontrada abaixo da linha de pobreza, nenhum político será capaz de anunciar vitória na guerra contra a pobreza ou ignorar o conhecimento das obrigações da sociedade para com os seus membros mais pobres”.
Suplicy defendeu que a proposta seja votada em plenário ainda este ano, como forma de impulsionar ainda mais o processo de superação da pobreza no Brasil. Ele lembrou que até os anos 90, o Brasil ocupava aposição de terceiro país mais desigual do mundo. “Houve uma melhora significativa na aplicação dos programas de transferência de renda e de políticas econômica, inclusive de aumento do salário mínimo e tantos outros instrumentos de política econômica e social. O coeficiente de Gini, de desigualdade, foi diminuindo, desde algo como 0,59 ou 0,588 em 2001 e 2002, diminuindo a cada ano, até chegarmos ao nível de, aproximadamente, 0,49 em 2012”, citou o senador.