De acordo com o IBGE, a população feminina aumentou a expectativa de vida em 12,9 anos, de 1980 a 2013; entre os homens, o aumento foi de 11,7 anos. A diferença na expectativa de vida entre os dois sexos, que, em 1980, era de 6,1 anos a mais para as mulheres, passou para 7,3 anos a mais em 2013.
“A diferença se explica pela violência que atinge mais gravemente os homens do que as mulheres. A grande melhora ocorreu nas parcelas populacionais mais jovens, até 5 anos, e superiores a 70 anos. A conclusão é a de que nós, brasileiros, estamos vivendo mais e devemos trabalhar por mais tempo para ter a mesma aposentadoria”, ressaltou Suplicy.
A redução na mortalidade na juventude, de 15 anos aos 25 anos, foi mais expressiva entre mulheres. Passou de 12 mulheres em mil, em 1980, para 5 mulheres em mil em 2013; uma redução significativa de 57%. Para os homens, a redução foi apenas de 7,6% no período; de 23 por mil em 1980, para 21,5 por mil em 2013, a mais recente.
O número de homicídios e acidentes de carro explica a estabilidade na expectativa de vida para adolescentes do sexo masculino, principalmente dos 17 aos 19 anos. Em 1980, de cada mil homens jovens que atingiam 18 anos, 2 não completariam 19, a mesma taxa observada em 2013. Citando um dos pesquisados do IBGE, Suplicy destacou que “em 33 anos, não houve ganhos na expectativa de vida entre homens de 17 e 19 anos”, o que demonstra a real necessidade de afirmar política públicas, como o Lei Seca, para “reduzir os acidentes e a violência” neste grupo populacional.
Os maiores ganhos na expectativa de vida, de 1980 a 2013, se concentraram na população abaixo de cinco anos, e aquela acima de 70 anos. A taxa de mortalidade até um ano de idade era de 69,1 em mil crianças nascidas em 1980. Hoje está em 15 para mil. A redução foi de 78%. A mortalidade até os cinco anos passou de 84 a cada mil em 1980, para 17 por mil em 2013, o que denota uma queda de 79%.
Na faixa idosa, a cada mil pessoas que completassem 70 anos em 1980, 47,5 não completariam 71. Em 2013, passou para 25,2 em mil. Entre os fatores que contribuíram estão a elaboração do Estatuto do Idoso, os programas de vacinação, o maior acesso da população de mais idade ao emprego e a aposentadoria rural.
“A melhora se deve ao aumento do saneamento, a melhora na saúde pública, a redução na fecundidade, o aumento da escolaridade das mães e o ganho de renda; além dos programas governamentais de atenção ao pré-natal, Saúde na Família e o Bolsa Família”, destacou o petista.