O parlamentar afirmou que estava ao lado do ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, quando foi informado sobre a denúncia mentirosa que circulava na internet, na manhã do último domingo (26). “A Polícia Federal escreveu uma nota, divulgada naquele instante, segundo a qual aquela informação era totalmente inverídica. O ministro mostrou toda a sua indignação. Eis aí mais um exemplo dessa guerra que espero ver superada”, afirmou.
Além de diversos outros ataques ao Partido dos Trabalhadores, o senador mostrou-se igualmente indignado com acusações contra a oposição. Um dos que sofreram agressões foi o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que discursou anteriormente afirmando ter sido vítima de calúnias divulgadas nas redes sociais. “Com respeito às ofensas que ele recebeu, eu me coloquei solidariamente porque sei que os fatos atribuídos a ele e mesmo ao senador Aécio Neves nas redes sociais não são verdades”, disse o petista.
Também na terça-feira, vários parlamentares se manifestaram na tribuna do Senado contrários aos ataques sofridos por Nunes. Entre eles, o líder do PT na Casa, Humberto Costa, que afirmou que nem o partido nem Dilma estimularam ou patrocinaram qualquer tipo de agressão ou divulgação de notícias falsas por meio das redes sociais.
A maioria das mensagens ofensivas foi enviada do exterior, o que torna difícil, mas não impossível, rastrear os emissores. Segundo Suplicy, em conversa com especialistas em informática e policiais federais, é possível que investigações apontem os culpados.
Diálogo com a Congresso
Suplicy também parabenizou a presidenta Dilma pela reeleição com 54.499.901 votos. “Nós podemos saudar essa verdadeira festa da democracia, porque, após a campanha pelas Diretas Já, de 1983 e 1984 – da qual eu também participei com tanto entusiasmo –, essa foi a sétima eleição livre e direta”, comemorou, acrescentando que o sistema atual dá maior estabilidade e legitimidade àquele que é eleito.
O discurso da presidenta – que afirmou em entrevistas às TVs Record e Globo que dialogará com movimentos sociais, trabalhadores e empresários – foi ressaltada pelo parlamentar. Ele pontuou ainda que é necessário que Dilma se aproxime do Congresso Nacional. “Nós vivemos numa democracia representativa. Nesse contexto, é importante que o Poder Executivo atue de forma sintonizada com os parlamentares com o objetivo de concretizar todas as reformas almejadas pela sociedade”, explicou.
As reformas tributária e política foram destacadas por Suplicy como alguns dos principais pontos que devem ser discutidos entre o Executivo e o Legislativo. Além disso, é necessária que essas mudanças sejam tratadas em cooperação com os governos estaduais e municipais, além das demais representações sociais.