“Gostaria que pudesse haver a oportunidade |
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu a convocação de uma prévia, aberta a filiados e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores e de agremiações aliadas, para definir o nome que deverá disputar a vaga do Senado pelo estado de São Paulo com o apoio do PT, em 2014. Suplicy, que inicia agora em 2013 o penúltimo ano de seu terceiro mandato na Casa, reafirmou sua disposição de pleitear mais oito anos como senador e avisou aos concorrentes: “Só abro mão de Lula estiver na disputa”.
Em discurso ao Plenário, nesta quinta feira (14), o senador — o primeiro eleito pelo PT, ainda em 1990 — reconheceu que há pelo menos 15 integrantes do partido em condições de pleitear a vaga, além de muitas opções de nomes oriundos de legendas que fazem parte da base de sustentação do governo Dilma e que devem compor o arco de alianças petistas para a disputa do governo paulista e a vaga no Senado. Para definir o candidato, ele quer prévias abertas. Para participar, o eleitor precisaria apenas assinar um termo manifestando sua concordância com o programa do partido ou coligação.
“Gostaria que pudesse haver a oportunidade de uma escolha a mais democrática possível. Então, que se realize um sistema de debates entre nós, potenciais candidatos, pré-candidatos, e daí uma prévia. Sugiro que possam votar todos os filiados de nossos respectivos partidos e também o povo, todos os interessados que queiram dizer ‘eu estou de acordo com os propósitos dessa coligação’ e, quem sabe, possam pagar R$1,00 ou R$2,00 para cobrir as despesas da prévia”, explicou em seu discurso.
Respeito a Lula
Suplicy afirmou que não disputaria a vaga com Luiz Inácio Lula da Silva em respeito à liderança já comprovada pelo ex-presidente e pelo seu desempenho nos oito anos na chefia do Executivo federal. Em 2002, o senador paulista ofereceu seu nome para a disputa da presidência da República e obteve 15% dos votos numa prévia interna ao PT, vencida por Lula, que em novembro daquele ano conquistaria seu primeiro mandato. “Não veria razão para realizar uma disputa com o Presidente Lula. Se ele quiser ser candidato ao Senado, ótimo. Então, aí, eu não vou disputar”.
Quanto aos demais possíveis candidatos, Suplicy reconhece as qualidades e a representatividade de nomes do PT e dos partidos aliados, mas destaca que gostaria de continuar a contribuir, no Senado, com o fortalecimento do projeto político. Como credenciais, ele apresenta sua experiência e o reconhecimento obtido por sua atuação, “como demonstra a minha escolha pelo Congresso em Foco como o melhor senador em 2012”.
Cyntia Campos
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