Fazendo uma análise multidimensional da pobreza, Suplicy destacou avaliação da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, de que houve uma queda de 24% na taxa dos chefes de domicílio sem instrução em todo o Brasil. “Entre os mais pobres, cresceu, em 138%, o número de pessoas com ensino fundamental completo”, afirmou o senador.
Por meio do Brasil Sem Miséria, informou Suplicy, houve 1,5 milhão de matrículas no Pronatec; 3,6 milhões de operações de microcrédito com beneficiários do Bolsa Família; 478 mil empresas e microempreendedores geridas por beneficiários do Bolsa Família; e assistência técnica, recursos financeiros e insumos para 354 mil famílias.
O Plano também facilitou o acesso à água com a construção de 750 mil cisternas instaladas. “O avanço no acesso à água em geral foi cinco vezes mais rápido entre os 5% mais pobres”, enfatizou Suplicy.
Acesso, na verdade, é uma das palavras chaves do programa, porque, por ele, a energia elétrica avançou cinco vezes mais rápido entre os 5% mais pobres e aumentou em 68%, entre os 5% mais pobres, as famílias que possuem geladeira ou freezer. Enquanto, o telefone celular chegou a um aumento de quase 700%, dentro da mesma faixa populacional.
De acordo com o Banco Mundial, a evolução foi de 7,3% em 2002, para 1,4% em 2013. O indicador de pobreza multidimensional crônica por região mostrou que, em todas elas, houve um progresso de diminuição de pobreza.
Com esses números, Eduardo Suplicy observou que o Brasil alcançou a terceira maior redução de pessoas subalimentadas no mundo, de acordo com o programa das Nações Unidas de Combate a Fome (a FAO). “De 2002 para 2014, houve 82% de redução, chegando a 1,7% a população em subalimentação no ano 2013. Houve uma evolução da taxa de extrema pobreza que efetivamente diminuiu. A evolução da pobreza crônica, que era da ordem de 8,3% em 2002, chegou a 1,1% em 2013”, afirmou.
Suplicy ainda frisou dado divulgado pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que em reunião na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta manhã reforçou a queda acentuada de brasileiros em situação de miséria. “Tombini nos mostrou que a população abaixo da linha da pobreza passou de cerca de 34%, em 2014, para algo em torno de 14 a 15% em 2013”, sublinhou.