Suplicy destaca isenção da Comissão da Verdade

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) homenageou, em seu pronunciamento desta quinta-feira ao plenário do Senado, o trabalho realizado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). O relatório com as conclusões do grupo, que ouviu cerca de 1,2 mil depoimentos, promoveu dezenas de audiências públicas e dialogou com a sociedade, foi entregue neswa quarta-feira à sociedade, na pessoa da presidenta DilmaRousseff. Vítima ela mesma da tortura e da violência praticada pela ditadura militar, a presidenta se emocionou ao comentar que a democracia brasileira foi reconquistada a custa de muitas lutas, sacrifícios e também pactos e acordos nacionais.

 

 

O senador lembrou que o relatório não é o fim das investigações, que prosseguirão e serão aprofundadas por comissões da verdade estaduais, municipais e setoriais, universidades e outros entes da sociedade e do Estado.

“O trabalho conduzido permitiu à CNV concluir que as graves violações a direitos humanos, ocorridas no período investigado, especialmente nos 21 anos da Ditadura, instalada em 1964, foram resultado de uma ação generalizada e sistemática do Estado, configurando crimes contra a humanidade”, disse Suplicy.

Para ele, em consideração aos fatos e ao trabalho da CNV, é importante que as Forças Armadas quebrem o silêncio, como destacou o coordenador da Comissão, Pedro Dallari. “Trata-se de gesto que abrirá caminho para a superação definitiva do passado, consolidando em base permanente o compromisso dos militares com o Estado democrático de direito, reconciliando-os plenamente com a sociedade brasileira”, pediu.

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