Sob o pontificado do argentino Jorge Mario Bergoglio, Francisco, eleito papa na última quarta-feira (13), a Igreja Católica deverá retomar seu papel de defensora dos pobres, passando por uma necessária renovação. Essa é a expectativa do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que em discurso ao Plenário nesta quinta-feira (14) comemorou a assunção de Francisco.
“Em seu pontificado, as finanças serão transparentes, a pedofilia será desnudada. E este é apenas o começo da mudança da Igreja, que tem uma responsabilidade moral sobre o que há de mais profundo no ser humano”, avaliou Suplicy.
O senador paulista elogiou a escolha do nome de Francisco, que lembra São Francisco de Assis, “o maior Santo que a Igreja já teve”, por ter protegido os pobres e a natureza. Um Papa “com perfil mais humilde, mais pobre, menos arrogante”, acredita Suplicy, poderá influenciar a atitude de 1,2 bilhão de católicos de todo o planeta. “
Creio que com o assento desse novo Papa, que foi tão humilde, espontaneamente, desde o primeiro momento em que se viu na frente do povo, se possa ter um novo São Francisco, que dê uma face humana e transparente àquilo que corroía a Igreja no século XIII e que é a mesma coisa que a corrói hoje: a corrupção, as lutas internas, a pesada carga do dinheiro do Vaticano”.
Suplicy destacou que durante 1.700 anos “a Igreja de Cristo, pobre, foi aliada dos ricos. Creio que este Papa a fará ser a protetora dos pobres. E, com isso, voltar ao seu destino, iluminado de conduta da humanidade para a sua salvação e não para o que estamos vivendo hoje: guerras, violência e amor ao dinheiro, acima de tudo”.