O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) fez um apelo ao Governo Federal, na última terça-feira (26/06), para que apresente o mais rápido possível uma proposta de plano de carreira para os professores das universidades federais, bem como para os funcionários dessas instituições para dar fim à greve da categoria.
“Os professores pleiteiam carreira única, com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis, a partir do piso para regime de 20 horas, correspondente ao salário mínimo do Dieese, atualmente calculado em R$ 2.329,35, e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. A principal reivindicação dos docentes é, portanto, a revisão do plano de carreira”, relatou o senador.
Suplicy ainda disse que os docentes e servidores das universidades federais têm enfrentado um momento difícil em face da greve que dura aproximadamente 50 dias e atinge 57 instituições federais de ensino. O movimento foi deflagrado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
“Com 50 dias de paralisação, caso a negociação não se inicie e seja exitosa nossos estudantes estarão com o semestre perdido. Num País em crescimento como o Brasil, onde existe uma enorme carência de profissionais qualificados nas áreas técnicas, é de fundamental importância termos professores bem pagos e motivados para exercício de suas funções”, disse Suplicy.
O senador sugeriu, inclusive, que o teto remuneratório do serviço público nacional deveria ter como base, não os vencimentos de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), mas sim o salário dos professores, por serem estes, em sua opinião, os verdadeiros suportes de crescimento do País.
“Quero estimular o Ministro Aloizio Mercadante, a Ministra Miriam Belchior, o Secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, o Ministro da Fazenda Guido Mantega e a própria Presidenta Dilma Rousseff, nos quais nós todos temos a maior confiança, para chegar a uma solução de bom senso para a superação dessa greve nas universidades federais”, salientou Suplicy.
