Para o senador, além de um “crime bárbaro”, |
Da tribuna do Senado Federal, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou, nesta segunda-feira (15), voto de pesar pelo assassinato do cantor e compositor Daniel Pedreira Sena Pellegrine, o MC Daleste – vítima de um tiro fatal, enquanto se apresentava em uma quermesse, em Campinas (SP), no ultimo dia 6. Para o senador, além de um “crime bárbaro”, a morte do artista evidencia graves problemas de segurança.
“O assassinato do MC Dasleste ainda não foi esclarecido, mas já gerou um forte impacto sobre a família e os amigos. Uma das medidas a serem seguidas é não aceitar mais shows sem os requisitos mínimos de segurança. É importante que todos nós venhamos a refletir sobre esse estado de violência que infelizmente caracteriza a vida de nossas cidades”, afirmou o senador, em discurso.
Suplicy destacou que o assassinato de Daleste não deve ser visto como um caso isolado. “Ele não foi o primeiro caso de morte violenta no funk paulista. Infelizmente, desde 2010, cinco MCs foram assassinados no Estado de São Paulo. MC Felipe Boladão, morto em abril de 2010; MC Duda do Marapé, morto em abril de 2011; MC Primo, morto em abril de 2012; MC Careca, também morto em abril de 2012, e MC Daleste, em 7 de julho deste ano, crimes que continuam insolúveis até o momento. A Secretaria de Segurança Pública informou que as investigações estão avançadas e existe uma lista de suspeitos já identificados”, disse.
Condolências
O senador apresentou condolências à família. Ele relatou uma conversa telefônica com o pai do MC Daleste, Roland Pellegrine, em que ficou claro que a morte não tem razões aparentes. “Era um homem da paz, que procurava trazer alegria, sobretudo às regiões periféricas mais humildes de São Paulo e de todas as cidades brasileiras, e que vinha tendo uma repercussão extraordinária por causa do seu estilo”, contou Suplicy.
Emocionado, o senador ainda leu duas músicas de Daleste: “Minha história”, uma espécie de relato da infância pobre e difícil do funkeiro, e “Herói”, uma homenagem ao pai. “Resolvi ler a letra dessa história de MC Daleste exatamente porque percebo que, se desejarmos conhecer bem os sentimentos dos jovens, sobretudo das periferias de nossas grandes metrópolis, é necessário que ouçamos o rap, o hip- hop, o funk”, enfatizou.