Suplicy: Mãe Sylvia é referência da luta pela tolerância

 

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou voto de pesar, na tarde desta terça-feira (02), pelo falecimento da Mãe Sylvia de Oxalá, líder espiritual do tradicional terreiro paulista Axé Ilê Obá, que ele considera uma “referência da luta pela tolerância religiosa e preservação da religião de matriz africana”.

“Sua vocação foi trabalhar para divulgar e melhorar, cada vez mais, o ambiente em que orbita, ensinando e apontando para as necessárias mudanças, para que o respeito seja restabelecido e que se rompa com todo e qualquer tipo de preconceito e discriminação”, afirmou o senador.

Muito conhecida, dada a tradição do primeiro terreiro tombado como patrimônio cultural de São Paulo, em 1990, Mãe Sylvia atendia desde as pessoas mais simples até empresários nacionais e internacionais, além de políticos. Em algumas oportunidades, o próprio senador contou que teve a oportunidade de conversar com a Iyálorixá e receber seu apoio.

“Agradeço todas as ocasiões em que Mãe Sylvia de Oxalá me deu toda a força em meu mandato, na vida política, especialmente como senador, inclusive pelo apoio que sempre deu à renda básica de cidadania, tendo compreendido muito bem como é que ela contribuirá inclusive para a elevação do grau de dignidade e liberdade e igualdade entre todas as raças”, destacou.

Breve perfil

Paulistana, nascida no bairro da Liberdade, Sylvia Egídio tornou-se Mãe Sylvia de Oxalá, em 1986, Iyálorixá do terreiro Axé Ilê Obá, a Força da Casa do Rei, em substituição ao Pai Caio de Xangô na tarefa de preservar e ensinar o modo de vida, a valorização e desestigmatização do candomblé. Mãe Sylvia faleceu no último dia 8 de agosto.

Com formação acadêmica multidisciplinar (enfermagem, administração e relações internacionais), Mãe Sylvia de Oxalá desenvolveu trabalhos sobre a cultura africana e teve uma forte atuação em obras sociais. Atividades que lhe renderam diversas homenagens e prêmios, dentre os quais o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo e a Medalha Anchieta; Prêmio Niños de la Calle (Madri) e Prêmio Humanista (Moscou).

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