Suplicy: Parlasul apoia famílias de mexicanos mortos por traficantes

Eduardo Suplicy (PT-SP), em plenário, registrou mensagem de solidariedade do órgão sul-americanoNo fim de setembro, 43 jovens estudantes desapareceram da cidade mexicana de Iguala, após confronto com a polícia. As autoridades locais teriam interceptado os caminhões que levavam os normalistas e entregado o grupo a membros da organização criminosa Guerreros Unidos. A revelação dessa atrocidade vem chocando o mundo e, na última segunda-feira (10), o Parlamento do Mercosul (Parlasul) aprovou,  mensagem de solidariedade às famílias desses jovens, segundo informou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

O caso chocou a comunidade internacional e as investigações sobre o caso continuam. Segundo o procurador-geral do México, Jesús Murillo Karam, os estudantes foram sequestrados para que não sabotassem um evento político de María de los Ángeles Pineda, mulher do então prefeito de Iguala, José Luís Abarca. Apesar de restos humanos já terem sido encontrados em oito sacos no município mexicano de Cocula, a procuradoria afirma que a identificação por DNA será muito difícil devido aos cadáveres estarem incinerados. Devido a isso, os jovens continuam considerados como desaparecidos.

Renda básica

Durante a reunião do Parlasul, Suplicy fez uma apresentação do projeto de Renda Básica de Cidadania elaborado por um grupo de parlamentares do Brasil, Equador e Venzuela, em 2012. O senador petista, que é autor da proposta aprovada pelo Congresso brasileiro instituindo a renda básica, participou desse grupo, que teve por objetivo apresentar um projeto similar para outros países do continente.

A ideia é garantir a implementação progressiva da renda básica a partir dos grupos com mais carência até chegar a toda a população. No Brasil, a Lei 10.835/2004 já prevê a renda básica.

Segundo o petista, o projeto será encaminhado à Comissão de Economia do Parlasul para que seja examinado posteriormente. O fato, para o senador, significa que o tema está sendo objeto de reflexão na América do Sul.

“Quero aqui transmitir que esse assunto está sendo objeto de reflexão em todos os países do Mercosul e também da América Latina. Houve uma interação muito positiva entre os representantes desses cinco países que compõem o Mercosul, todos muito interessados em que se caminhe em direção a um desenvolvimento com integração cada vez maior entre os nossos países e, depois, entre todos os países das Américas”, explicou o parlamentar.

Carlos Mota

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