O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apelou nesta segunda-feira (02/04) ao ex-líder do Democratas, Demóstenes Torres (GO), que volte ao plenário do Senado para explicar as denúncias de que teria ligações “além de pessoais” com o bicheiro conhecido como Carlinhos Cachoeira.
Há três semanas quando surgiram as primeiras denúncias de relacionamento ilícito entre o senador e o atual presidiário, Suplicy aparteou discurso de Demóstenes. Na ocasião, o senador goiano disse que não havia qualquer possibilidade de tráfico de influência ou de quebra das normas constitucionais, de princípios éticos ou “do comportamento que se espera de um senador”, recordou o parlamentar petista.
Ele lembrou que, naquela sessão, nada menos que 44 senadores apartearam Demóstenes. “Eu, inclusive, fui o primeiro”, relembrou.
O problema é que, nas últimas semanas, a mídia voltou à carga e novas denúncias surgiram, motivando o novo pronunciamento de Suplicy e o pedido para que o senador goiano volte à tribuna “para informar se tem e qual é a sua parcela de responsabilidade pelos fatos citados nas reportagens”.
Para Suplicy, com as novas revelações dos jornais, “ficou evidenciado algo surpreendente e que nos entristece porque até hoje eu sempre tive no senador Demóstenes Torres uma pessoa que havia se destacado como parlamentar tanto pelo seu conhecimento jurídico como pela defesa da ética”.
O senador paulista acha que o Senado precisa assegurar o direito de defesa ao parlamentar goiano. “Antes de propor sua renúncia, cassação ou qualquer pena, é necessário garantir-lhe o direito de defesa”, disse Suplicy.
Giselle Chassot
Veja trecho do discurso do senador Eduardo Suplicy
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