Suplicy apontou que casos de racismo no Brasil são muito mais comuns do que se imagina
Suplicy chama à reflexão para que se dê |
As demonstrações de racismo, especialmente no futebol brasileiro, indignaram o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Nesta terça-feira (11), como já havia feito o também petista Paulo Paim, Suplicy foi ao plenário do Senado falar sobre o abalo que as atitudes racistas contra os jogadores Tinga e Arouca e contra o árbitro Márcio Chagas da Silva causaram ao esporte nacional. Ele pediu um voto de solidariedade aos três profissionais.
“Infelizmente atitudes racistas, mesmo repudiadas pela sociedade, têm sido registradas há vários anos no futebol”, disse o senador. Para ele, os dois casos últimos casos de ofensa racial, que ocorreram no Brasil na última semana – contra Márcio Chagas e Arouca – são mais comuns do que se imagina. “A diferença é que, ao contrário do que aconteceu na semana passada, os casos dificilmente tornam-se públicos”, observou.
Suplicy disse ainda que às vésperas da Copa do Mundo e que é lamentável que fatos como esse ocorram. “Me expresso como os torcedores brasileiros em geral, ainda mais a menos de 100 dias da Copa do Mundo. Vamos refletir, vamos pensar a importância disso e respeitar cada ser humano. Não importa sua origem, raça, cor, origem, condição socioeconômica, o que for”, disse.
Abdias Nascimento
O senador também prestou homenagem a Abdias do Nascimento, que nesta sexta-feira (14), se estivesse vivo, completaria 100 anos. Abdias foi um dos maiores defensores da cultura e igualdade para as populações afrodescendentes no Brasil, nome de grande importância para a reflexão e atividade sobre a questão do negro na sociedade brasileira. Abdias teve uma trajetória longa e produtiva, indo desde o movimento integralista, passando por atividade de poeta, ativista do Movimento Negro Unificado, ator e escultor.
Após 10 anos no exílio, Abdias entrou, em 1978, na vida política brasileira. Foi deputado federal, de
Giselle Chassot
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