Suplicy refuta tese de que falência de Eike pode prejudicar o País

Segundo o senador, a falência de bancos nos EUA não gerou uma desconfiança generalizada em relação à economia do país.

Suplicy refuta tese de que falência de Eike pode prejudicar o País

 

Suplicy concorda com a ida de Luciano Coutinho
à CAE para explicar os empréstimo a Eike

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) refutou argumento da oposição de que o pedido de recuperação judicial da OGX não vai prejudicar os investimentos estrangeiros no Brasil. Ele lembrou que o mesmo não aconteceu nos EUA quando da falência de bancos norte-americanos, como o Lehman Brothers, em 2008, não gerou uma desconfiança generalizada em relação à economia dos Estados Unidos.

“Isso não significou que os empresários iriam deixar de fazer investimentos na economia americana, porque uma instituição financeira sofreu uma derrocada tão grande”, disse Suplicy. Ele acrescentou que a economia brasileira vive um bom momento e isso é o mais importante.

A declaração foi dada após o líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse estar preocupado com as consequências do pedido de recuperação judicial da OGX para a imagem do Brasil no exterior. O senador tucano defendeu ainda a ida do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa para explicar as condições e as garantias dadas pelo empresário Eike Batista quando pegou dinheiro emprestado na instituição.

O líder do PT, Wellington Dias (PI), concorda com a argumentação de Suplicy. “Eu acredito que se a gente for classificar a imagem de um país pela imagem de uma empresa, certamente nós vamos ter sempre um perigo, ou pelo menos, um conceito equivocado”, disse.

Wellington Dias disse que se alguém tiver interesse em algum esclarecimento, “é claro que o poder público deve ser sempre transparente”, ressalvou o parlamentar governista. O líder do PT observou que o BNDES não deixará de receber o que emprestou para a petroleira, pois tem garantias reais. “Eu acredito que nesse contexto, a menor preocupação é com os bancos. Eu acho que correm mais riscos as seguradoras. Correm mais riscos outros setores da economia”, afirmou.

Informações da Agência Senado 

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