O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) comemorou em Plenário, nesta segunda-feira (10), o fato de três mulheres ativistas e pacifistas terem sido agraciadas com o Prêmio Nobel da Paz. A jornalista Tawakkul Karman atua contra a ditadura no Iêmen e é conhecida como a mãe da Primavera Árabe naquele país; a presidente da Libéria, Ellen Jonson Sirleaf, é ativista contra a pobreza; e Leymah Gbowee, também liberiana, é ativista pela democracia.
“A olhos desavisados, isso não parece nada, mas eleger três mulheres, duas das quais negras, para o Prêmio Nobel da Paz, este ano, quer dizer muita coisa. Em primeiro lugar, o reconhecimento da mulher como sujeito da história e a sua importância nas nações mais pobres, muitas delas ainda vivendo ditaduras cruéis e riquíssimas, tomando o dinheiro do Estado quase todo para si e deixando as grandes massas em estado miserável”, disse.
Suplicy afirmou que uma grande revolução humana está ocorrendo em 2011 graças à internet. Ele disse que o século 21 começou com o desejo de justiça, igualdade, fraternidade e solidariedade “que desde a revolução francesa não tinha ainda penetrado na grande maioria dos povos”. Para o senador, isso aconteceu devido às novas tecnologias e às redes sociais, que conseguem reunir milhares de pessoas contra a opressão.
“O único lugar do mundo que está a salvo é a América do Sul, que tem como presidentes um índio, um bispo, duas mulheres e um militar dissidente, e que não sofrerá consequências dessa grave crise porque estes governos estão preocupados não em concentrar, mas em redistribuir as rendas com os miseráveis”, afirmou.