As primeiras doses da vacina contra a dengue chegaram ao Brasil no sábado (20) e devem imunizar 3,2 milhões de brasileiros e brasileiras neste ano.
O Brasil é o primeiro país a oferecer a vacina contra a dengue pelo sistema público universal. O governo Lula recebeu 750 mil doses do imunizante Qdenga, oferecidas pelo laboratório japonês Takeda Pharma.
Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ao todo, o Brasil vai receber este ano 6 milhões e 400 mil doses de vacinas, conforme a capacidade de produção e entrega do laboratório.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil receberá ainda cerca de 600 mil doses gratuitas do laboratório, totalizando 1,32 milhão de vacinas.
O ministério afirma que uma segunda remessa, com 570 mil doses, deve chegar ao Brasil em fevereiro. Será necessário a aplicação de duas doses, com intervalo mínimo de 90 dias entre elas.
Além dessas doses, o governo Lula deve receber neste ano 5,2 milhões de doses – que, de acordo com a previsão informada pela empresa, serão entregues ao longo do ano, até o mês de novembro.
Decisão da inclusão da vacina
O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue em dezembro de 2023. A inclusão foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).
Aprovada pela Anvisa em março do ano passado, a vacina japonesa está disponível em clínicas privadas desde julho. O imunizante pode ser aplicado em pessoas de 4 a 60 anos de idade para prevenir a dengue, independentemente da exposição anterior à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação.
A vacina é composta por quatro sorotipos distintos. O imunizante utiliza a tecnologia de vírus atenuado, em que a vacina traz o vírus da dengue modificado de forma a infectar, mas não causar a doença. No esquema de duas doses com intervalo de 90 dias, a vacina teve eficácia de 80,2% contra a dengue, com período de proteção de 12 meses após o recebimento da segunda aplicação.