Diz a sabedoria popular que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Mas nem sempre as elites entendem o recado. Ou pior: entendem, mas misturam assuntos de acordo com seus interesses. Aí estão o futebol e a Copa do Mundo para confirmar a tese. O Brasil perdeu? Não: quem perdeu foi a seleção brasileira.
Com os ‘neurônios paralisados’, autor apresenta uma possível explicação para a baixaria de endinheirados, coxinhas e quetais na Arena Corinthians
Marcelo Neri: “As pessoas conseguiram mais empregos formais”Em entrevista publicada nesta segunda-feira (16), pelo jornal Correio Braziliense, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, explica que, para compreender a sociedade brasileira, não basta apenas interpretar os números das pesquisas de governo.
Velha mídia se esmerou em propagar a ideia de que os investimentos na Copa tinham sido feitos a expensas dos investimentos em Saúde e Educação-O Senhor é patriota?
-Amador.
-Amador?
-É, porque profissional é o Senhor, que é pago para isso.
Esse teria sido o diálogo travado entre o grande advogado Sobral Pinto e o coronel que o prendeu em Goiânia, durante a ditadura militar. Na realidade, as palavras devem ter sido diferentes, mas o sentido geral foi esse.
O FT, a bíblia britânica do capital financeiro e da ortodoxia econômica, que defende as políticas econômicas que ocasionaram a recessão mundial e que atrasam a recuperação dos países que as adotam, não se conforma com as políticas contracíclicas adotadas por Dilma. Eles preferem, é claro, as medidas impopulares que promete Aécio.
Desigualdade continua caindo e renda média mantém-se subindo, mostra ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos
Tornou-se moda falar em cadeias produtivas globais. Mais especificamente, tornou-se moda afirmar que o Brasil está “isolado” e “fora das cadeias produtivas globais”. A nova onda, agora, é dizer que o Brasil precisa urgentemente firmar acordos de livre comércio com a União Europeia, EUA, Japão etc., de modo a romper com o seu “isolamento” e participar mais das tais “cadeias produtivas globais”.
Pudera. Nascida da histórica campanha nacionalista “o Petróleo é nosso”, a Petrobras se converteu naquilo que os paleoliberais consideram praticamente uma impossibilidade: uma empresa estatal bem-sucedida e eficiente. Ela é um acabado contraexemplo das teses antiestatais e antidesenvolvimentistas que sustentavam o fracassado paradigma privatizante e liberalizante que ruiu no início deste século.