Taxa de juros para empresas e famílias atinge o menor patamar

Dados do Banco Central mostram que a trajetória de queda está mantida. O spread bancário para pessoas físicas e jurídicas também registrou redução.

Dados do sistema financeiro divulgados, nesta quinta-feira (29), pelo Banco Central, mostram que a taxa de juros no País continua em trajetória de queda. Os juros cobrados das famílias caíram 0,4 ponto percentual para 35,4% ao ano, de setembro para outubro. Essa é a menor taxa registrada pelo BC na série histórica, iniciada em 1994. A taxa cobrada das empresas também atingiu o menor nível desde 2000, ao cair 0,5 ponto percentual e ficar em 22,1% ao ano. A partir desses dados, a taxa média de juros de empresas e pessoas físicas recuou 0,6 ponto percentual e ficou em 29,3% ao ano.

O spread (diferença entre a taxa de captação de dinheiro pelo banco e a cobrada dos clientes) teve queda de 0,1 ponto percentual para pessoas físicas e ficou em 27,8 pontos percentuais. No caso das empresas, a redução foi 0,3 ponto percentual para 15 pontos percentuais.

A taxa média de juros do cheque especial caiu 4,2 pontos percentuais, de setembro para outubro. A taxa, no entanto, continua alta na comparação com outras modalidades de crédito. A taxa do cheque especial ficou em 143,4% ao ano, em outubro. A taxa do crédito especial, incluídas operações consignadas em folha de pagamento, caiu 0,6 ponto percentual e chegou a 39,1% ao ano. No caso dos empréstimos para a compra de carro, a redução na taxa média de juros, de setembro para outubro, foi 0,2 ponto percentual para 20,7% ao ano.

Crédito

O estoque total de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 2,269 trilhões, em outubro, com alta de 1,4% no mês e 16,6%, em 12 meses. Em relação a tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB) –, o saldo das operações de crédito ficou em 51,9%, em outubro, ante 51,5% de setembro. De acordo com o relatório do BC, o crédito com recursos direcionados (operações com taxas de juros ou recursos preestabelecidos em normas governamentais) “seguiram apresentando crescimento mais expressivo, com ênfase para a expansão dos créditos rurais e habitacionais”.

A participação de bancos públicos no saldo das operações de crédito do sistema financeiro continuou a crescer em outubro. Em setembro essa participação era 46,1% e em outubro ficou em 46,7%. No caso das instituições privadas nacionais, a parcela caiu de 37,2%, em setembro, para 36,7%, em outubro. Os bancos privados estrangeiros reduziram levemente a participação de 16,7% para 16,6%. Em 12 meses encerrados em outubro, a expansão do saldo das operações de crédito dos bancos públicos foi 28,4%, enquanto das instituições privadas nacionais foi 6,3% e das estrangeiras, 11,6%.

Veja o relatório divulgado pelo Banco Central 

Com agências onlines

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