Segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta sexta-feira (26/10) No caso das empresas, houve redução de 0,5 ponto percentual, para 22,6% ao ano, o menor nível da série histórica do BC, iniciada em
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, explicou que a redução da taxa média de juros decorre do efeito dos cortes da taxa básica de juros, a Selic, que serve de referência para as demais. Outro fator citado por Maciel é a redução do spread (diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes), origem de boa parte do lucro dos bancos.
O spread, diferença entre a taxa de captação dos recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes, subiu 0,2 ponto percentual para as famílias, e ficou em 27,9 pontos percentuais. No caso das pessoas jurídicas, houve recuo de 0,4 ponto percentual para 15,3 pontos percentuais. O spread para as famílias subiu 0,2 ponto percentual e ficou em 27,9 pontos percentuais. No caso das pessoas jurídicas, houve recuo de 0,4 ponto percentual para 15,3 pontos percentuais.
Pessoas físicas
Já as famílias pagaram taxas de juros um pouco mais altas em setembro, em relação a agosto, Houve alta de 0,2 ponto percentual, para 35,8% ao ano, conforme dados preliminares deste mês, até o dia 17 (12 dias úteis). Segundo Maciel, a alta dos juros cobrados de pessoas físicas, em setembro, é explicada pela greve dos bancários. Ele explicou que, com a paralisação, os clientes tomaram linhas de crédito “mais acessíveis”, como o cheque especial e cartão de crédito, que têm juros mais elevados, pois não puderam ir às agências fazer negociações em operações mais baratas.
A greve dos bancários começou no dia 18 de setembro. Os funcionários do Banco do Brasil e instituições privadas voltaram ao trabalho no dia 27. No caso da Caixa, os bancários retomaram as atividades no dia 28.
A taxa média de juros do cheque especial chegou a 147,6% ao ano, em setembro, com redução de 0,1 ponto percentual em relação a agosto, mas ainda bastante alta na comparação com a de crédito pessoal (39,7% ao ano). A taxa de crédito pessoal teve alta de 0,3 ponto percentual em relação a agosto. De acordo com os dados do BC, a média diária de concessões de cheque especial para as famílias, em setembro na comparação com agosto, subiu 9%. No caso do cheque especial, houve aumento de 11,6%. O crédito pessoal apresentou redução de 4,3%.
Com informações da Agência Brasil